Dados do Trabalho

Título

OCORRÊNCIA DE TRIATOMÍNEOS EM ÁREA URBANA E PERIURBANA DA AMAZÔNIA BRASILEIRA

Introdução

A doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. A via vetorial ainda é a principal forma de transmissão dessa doença, causada pelos insetos triatomíneos, frequentemente relatados em áreas urbanas e periurbanas, especialmente na região amazônica. No entanto, até então, não existia um documento que agrupasse essas informações da região, buscando uma melhor compreensão da dimensão desses vetores em ambientes urbanos e suas proximidades, bem como dos fenômenos envolvidos nesse processo.

Objetivo (s)

Investigar as espécies de triatomíneos e a positividade para tripanossomatídeos ocorrentes em áreas urbanas e periurbanas da Amazônia Legal brasileira. 

Material e Métodos

Trata-se de uma revisão sistemática, realizada seguindo 05 etapas: fundamentação da hipótese; busca bibliográfica utilizando os bancos de dados do Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Instituto Nacional de Saúde (PUBMED), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e a base de dados Web Bib Tri V3.0; seleção das ocorrências; coleta de dados e síntese dos resultados. 

Resultados e Conclusão

Quarenta e cinco artigos foram utilizados para a construção dos resultados e os gêneros Rhodnius e Panstrongylus registraram uma maior distribuição de ocorrências reportadas, no qual as espécies R. montenegrensis, R. pictipes, R. robustus e P. geniculatus foram as principais relatadas. Em relação ao percentual de infecção por T. cruzi dessas espécies, R. robustus variou entre 8% a 75%, R. montenegrensis 15% a 72%, e R. pictipes 5 a 68%. Estas três espécies também foram relatadas infectadas por T. rangeli. O percentual de infectividade por T. cruzi em P. geniculatus foi de 10,8% a 71,4%. Eratyrus mucronatus também foi uma espécie com muitos relatos de intrusão principalmente em peridomicílio, com infecção para T. cruzi entre 1,1% a 75% neste ambiente. T. williami foi reportada com maior frequência do gênero Triatoma, sendo uma espécie com domiciliação confirmada no estado do Mato Grosso, variando entre taxas de 30% a 43,6% de infecção para T. cruzi nesse estado. A reunião dos dados reforça a importância do monitoramento contínuo de triatomíneos em áreas urbanas e suas proximidades na região amazônica brasileira, visando um controle mais eficaz da doença e do vetor.

Palavras Chave

Região Amazônica; Intradomicílio; Peridomicílio; doença de Chagas e vetores.