Dados do Trabalho

Título

Fortalecimento da Descentralização da Assistência ao Paciente com Doença de Chagas Crônica do Estado de Pernambuco: do Litoral ao Sertão

Introdução

A lei orgânica n0 8080/90, que cria o SUS, determina: descentralizar atenção universal à saúde. Portanto, pacientes com Doença de Chagas Crônica (DCC) tem direito à assistência integral e descentralizada, próximo ao domicílio que vivem. Em Pernambuco, pacientes com DCC, estão presentes em todas as regiões de saúde, classificados segundo variáveis demográficas e clínicas.

Objetivo (s)

Apresentar as ações de fortalecimento da descentralização da assistência ao paciente com DCC do Estado de Pernambuco

Material e Métodos

O Programa SANAR (Enfrentamento às Doenças Negligenciadas, em Pernambuco, 2013), da Secretaria Estadual da Saúde (SES), juntamente com a Referência Estadual/DC, iniciaram ações para a descentralização da assistência a pacientes com DCC, presentes em todo estado. Essas ações permitiram o diálogo entre diversos atores do setor saúde, inclusive das equipes regionais e municipais. No período de 2012 à 2024, equipes multiprofissionais, desenvolveram ações estruturais para possibilitar a descentralização da assistência a pacientes com DCC.

Resultados e Conclusão

Em Pernambuco, a presença histórica de Triatomíneos é notória, especialmente nas regiões da Mata, Agreste e Sertão. Inicialmente, os gestores das 12 Regiõesde Saúde foram sensibilizados sobre a presença de DC, em seus municípios. Na etapa seguinte, houve a descentralização do Diagnóstico Sorológico/LACEN, do Diagnostico Entomológico/LABEND e do Tratamento farmacológico, com Benznidazol, pelas Farmácias Regionais. No período de 2012 à 2019, mais de três mil profissionais foram treinados e criados núcleos de Referência/DC, em áreas estratégicas. A adoção do Protocolo Clínico em DC (PCDT/DC-2018/MS) impulsionou a necessidade de oferta dos exames complementares - cardiológicos e gástricos - que passaram a ser realizados, nas Unidades Pernambucanas Especializados (UPAE), nas regiões de saúde. Uma vez estruturada a Rede Chagas/PE, pacientes com DC, na forma indeterminada, ou com alteração cardíaca leve, passaram a dispor de diagnóstico, tratamento e acompanhamento, na Atenção Primária à Saúde, nos seus respectivos territórios. Àqueles com manifestações mais graves da DC, com necessidade de assistência terciária, podem ser encaminhados à Referência Estadual A experiência de descentralizar o atendimento a pacientes com DCC é possível e pode ser exitosa, desde que os diversos atores da saúde tenham constância de propósito e que estejam dentro de um arcabouço estrutural, permitindo diálogo e troca de experiência e haja garantia de continuidade e seguimento.

Palavras Chave

Doença de Chagas; Descentralização; Saúde Única