Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA (2010-2021) DOS ÓBITOS RELACIONADOS A DOENÇA DE CHAGAS AGUDA NO BRASIL

Introdução

A Doença de Chagas continua sendo um desafio para a saúde pública no Brasil, é considerada pela Organização Mundial de Saúde uma doença tropical negligenciada, devido à dificuldade de acesso ao diagnóstico e tratamento sistemáticos que ainda sustentam o elevado impacto na morbimortalidade e o custo social da doença.

Objetivo (s)

Elencar, por Unidade Federativa, os casos confirmados notificados no sistema de informação de agravos de notificação doença de chagas aguda. Elencar, por Município, os casos confirmados notificados no sistema de informação de agravos de notificação de óbitos relacionados à doença de chagas aguda na Unidade Federativa com maior prevalência. Verificar a Unidade Federativa com maior incidência de óbitos por doença aguda de Chagas coincide com o maior número de notificações. Relacionar as vias prováveis de transmissão com a evolução a óbito na unidade federativa de maior incidência.

Material e Métodos

Realizou-se um estudo epidemiológico ecológico com dados secundários do DataSUS, abrangendo os anos de 2010 a 2021. Foram analisadas notificações compulsórias de óbitos relacionados à Doença de Chagas Aguda registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) em todo o país.

Resultados e Conclusão

Os dados mostraram uma distribuição geográfica desigual dos óbitos, com a Região Norte, especialmente o estado do Pará, apresentando o maior número de casos. A análise por município revelou que a capital, Belém do Pará, foi a mais afetada, seguida por outros municípios do estado. A análise por Unidade Federativa indicou que a Região Norte foi a mais comprometida, com uma incidência significativamente maior de óbitos em comparação com outras regiões do país. Diante da análise, é possível observar que a Doença de Chagas continua representando um desafio significativo para a saúde pública, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Os dados epidemiológicos revelam a persistência da doença e suas graves consequências, especialmente quando se trata da forma aguda quando a transmissão é oral e nos quadros crônicos que evoluem com cardiopatias, casos esses que podem evoluir para óbito. É fundamental que as políticas públicas de saúde priorizem a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz da Doença de Chagas, especialmente nas regiões mais afetadas. Isso inclui a implementação de medidas de controle do vetor, ações de educação em saúde para conscientização da população e melhorias nas condições de vida e acesso a serviços básicos.

Palavras Chave

ÓBITOS POR DOENÇA DE CHAGAS; MIOCARDIOPATIA CHAGÁSICA; TRIPANOSSOMOSE CARDIOVASCULAR; TRIPANOSSOMÍASE CARDIOVASCULAR