Dados do Trabalho
Título
AVALIAÇÃO DA SUSCEPTIBILIDADE DE Rhodnius prolixus E Triatoma maculata À INFECÇÃO PELO Trypanosoma cruzi APÓS SUBMISSÃO AO XENODIAGNÓSTICO DE PACIENTES COM DOENÇA DE CHAGAS
Introdução
A Tripanossomíase americana, mais conhecida como Doença de Chagas, em homenagem ao seu descobridor, o médico Carlos Chagas, está entre as cinco endemias mais importantes da América Latina. Essa enfermidade é causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi, tradicionalmente transmitida ao homem por meio das fezes contaminadas de insetos vetores pertencentes à subfamília Triatominae, conhecidos como barbeiros. Testes usados na sorologia convencional para o diagnóstico são bastante sensíveis, mas tem demonstrado resultados falso-positivos e falso-negativos, necessitando muitas vezes de confirmação por meio de xenodiagnóstico, selecionar uma espécie de triatomíneo mais adequada ao xenodiagnóstico contribui no diagnóstico e controle pós terapêutico da doença.
Objetivo (s)
Avaliar a susceptibilidade de duas espécies de triatomíneos (Rhodnius prolixus e Triatoma maculata) à infecção pelo T. cruzi usadas durante o xenodiagnóstico de portadores da doença de Chagas.
Material e Métodos
Foram acompanhados dois grupos de 20 ninfas de 3º estádio de cada espécie, no xenodiagnóstico de 16 portadores da Doença de Chagas. As ninfas foram pesadas antes e após o repasto sanguíneo e as fezes observadas em lâminas, através do exame a fresco, em leituras, realizadas em intervalos de 15, 60, 90, 180 dias pós o xenodiagnóstico.
Resultados e Conclusão
Foi observado que Rh. prolixus ingeriu maior quantidade de sangue, (média de 0,199g) do que T. maculata (0,143g), com diferença de 0,056. A média do peso de Rh. prolixus antes do repasto foi de 0,033g e após foi de 0,232g, enquanto T. maculata antes foi de 0,068g e após foi 0,211g. Não houve positividade para infecção por T. cruzi nas duas espécies após as análises de 496 lâminas nos quatro intervalos de tempo estabelecidos. Pelo método de exame direto a fresco não foi observado a presença de infecção por T. cruzi nas espécies observadas durante 180 dias após o xenodiagnóstico. Observa-se, no entanto, que Rh. prolixus ingeriu maior quantidade de sangue do que T. maculata, o que indica a necessidade de investigação de infecção por metodologias mais sensíveis antes de inferir ausência de parasitemia em portadores ou que as espécies não são susceptíveis a infecção por Trypanosoma cruzi.
Palavras Chave
Triatomíneos; Xenodiagnóstico; Susceptibilidade.
Área
Eixo 06 | 1.Protozooses humanas e veterinárias - Doença de Chagas
Prêmio Jovem Pesquisador
2.Concorrer na categoria - Mestrado
Autores
ELORA DAIANE DE MENEZES SILVA, GABRIELA MACIEL ALENCAR, JÉSSICA VANINA ORTIZ, IZABELE SOUZA GUIMARÃES, DÉBORA RAYSA TEIXEIRA SOUSA, NÁDELLY KAROLINE MARTINS DERZE, SILVIA CASSIA BRANDÃO JUSTINIANO, MARIA DAS GRAÇAS VALE BARBOSA GUERRA