Dados do Trabalho

Título

QUANTIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS TOTAIS NO SISTEMA REPRODUTOR DE MACHOS DE Aedes aegypti EXPOSTOS AO ÍNDIGO

Introdução

Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) foi identificado pela primeira vez como vetor de arbovírus em 1900 em Cuba por Walter Reed, Carlos Finlay e James Carroll, é o principal vetor de arbovírus como Dengue, Chikungunya e Zika. Em busca de novas alternativas para o controle de Ae. aegypti, compostos naturais e sintéticos estão sendo estudados a fim de investigar suas atividades, principalmente relacionada ao desenvolvimento e reprodução desse inseto. Em Ae. aegypti, proteínas do fluido seminal (PFSs) induzem várias mudanças fisiológicas e comportamentais nas fêmeas, incluindo refratariedade ao acasalamento futuro, estimulação da oogênese, maior sobrevivência e capacidade de fertilizar óvulos. O Índigo é empregado na medicina popular chinesa, apresenta ação anti-inflamatória, antioxidante, antimitótica, antibacterianos, anticancro, anti-inflamatório, antiviral e antifúngica.

Objetivo (s)

Avaliar os níveis de proteínas totais do sistema reprodutor de machos de Aedes aegypti expostos ao Índigo.

Material e Métodos

O Índigo foi adquirido da empresa Sigma-Aldrich. Larvas (n=100) do 4º instar de Ae. aegypti foram expostas a diferentes concentrações do Índigo (50 µg/mL, 100 µg/mL e 150 µg/mL) e utilizou-se água destilada como controle. Após a pupação os machos foram individualizados em recipientes apropriados e quando adultos, transferidos para gaiolas de criação até completarem 5 dias de idade. Posteriormente, os machos foram dissecados para retirada do sistema reprodutor, pools de 5 sistemas reprodutores foram utilizados para cada repetição, sendo 5 repetições para cada exposição. A dosagem de proteína total foi realizada pelo método de Bradford (1976), através de espectrofotômetro (Kasuaki®).

Resultados e Conclusão

A média de proteínas totais obtidas em um pool de 5 sistemas reprodutores foi de (expresso em µg/mL): 1,88 ± 0,54 no grupo controle; 1,50 ± 0,19 no grupo de 50 µg/mL; 1,48 ± 0,15 no grupo de 100 µg/mL e 1,52 ± 0,12 no grupo de 150 µg/mL. Foi possível observar uma redução no número de proteínas totais nos grupos expostos ao Índigo. Compreender os mecanismos reprodutivos, como o nível de investimento dos machos na reprodução de Ae. aegypti é importante para aprimorar métodos de controle integrado desse vetor.  

Palavras Chave

Aedes aegypti; Proteínas; Reprodução; Índigo.