Dados do Trabalho
Título
PERFIL SOCIO-DEMOGRAFICO E COMORBIDADES EM PACIENTES IDOSOS VIVENDO COM HIV/AIDS
Introdução
Avanços significativos no tratamento antiretroviral e o acesso a medicamentos que melhoram a vida sexual na terceira idade, contribuíram para uma maior sobrevida das pessoas com HIV/AIDS (Silva et al., 2017). Além disso, mudanças socioculturais, resistência ao uso de preservativos, avanços na área da saúde e acesso à terapia antirretroviral somaram nesse prolongamento do viver (Serra et al., 2013). Os casos de HIV/AIDS entre idosos também sofre com o comum diagnóstico tardio, o que compromete o prognóstico, especialmente em pacientes com outras comorbidades como hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus (Simões et al., 2017). A população idosa é mais suscetível a doenças crônicas e agudas, incluindo aquelas associadas ao HIV/AIDS. O perfil epidemiológico dessa população é caracterizado por uma carga tripla de doenças, com prevalência de condições crônicas e morbidade elevada (Brasil, 2023). A simples infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) incorre em aumento de mortalidade e quando este ocorre nos mais velhos, os custos e sofrimento associados são maiores. A infecção pelo HIV tornou-se uma doença crônica, que associada a outras pode contribuir com uma pior qualidade de vida na fase da vida em que mais se necessita de cuidados de saúde (OPAS, 2023).
Objetivo (s)
O objetivo principal foi conhecer a prevalência das comorbidades nessa população.
Material e Métodos
Estudo transversal e descritivo, realizado em um serviço público referência no atendimento ao paciente vivendo com IST/HIV, denominado Serviço de Atenção Especializada (SAE) do Coronel Mota, em Boa Vista, Roraima, durante o período de seis meses no ano de 2022. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFRR, sob parecer nº 3.267.251 e faz parte de um estudo guarda-chuva.
Resultados e Conclusão
No estudo, participaram 180 indivíduos, majoritariamente homens (55%) com média de idade de 61,1 anos. A faixa etária predominante foi de 60-69 anos (43,88%), com 41,11% tendo ensino fundamental e 61,11% renda entre 1 e 2 salários mínimos. Quanto ao estado civil, 35% eram solteiros; 54,4% eram católicos e 62,11% viviam com a família. A maioria foi diagnosticada com HIV há mais de 5 anos (80%). Doenças cardiovasculares foram comuns (29,4%), com destaque para hipertensão (35,84%) e diabetes (13,2%); 20,75% tinham ambas as condições. Doenças psiquiátricas afetavam 8,33% e 56,66% não tinham comorbidades. É crucial um enfoque abrangente na saúde desses idosos que vivem com HIV/AIDS.
Palavras Chave
hiv; Idoso; COMORBIDADE.
Área
Eixo 17 | 4.Vigilância em saúde - Outras
Prêmio Jovem Pesquisador
2.Concorrer na categoria - Mestrado
Autores
LILIAN M V MONSALVE MORAGA, Maria Soledade Garcia Benedetti, Roberto Carlos Cruz Carbonell, Ana Paula Felix Arantes, Livia Melo Villar