Dados do Trabalho
Título
Atividade inseticida e fitotoxica de nanoparticulas de prata (AgNPs) a partir de Azadirachta indica frente a Aedes aegypti (Diptera: Culicidae)
Introdução
Doenças causadas por arbovírus representam uma ameaça à saúde pública em todo o mundo. Diante deste cenário, diversos métodos de controle ao principal vetor transmissor de arbovírus, Aedes aegypty, tem sido proposto, a exemplo de produtos oriundos de plantas, como os extratos vegetais. Azadirachta indica popularmente conhecida como Neem, se destaca quanto a sua atuação como larvicida e repelente, frente a diversos vetores, incluindo Ae aegypti.
Objetivo (s)
Este estudo visou a avaliação do potencial larvicida de nanopartículas de prata (AgNPs) de Neem frente a larvas de 3° estádio de Ae aegypti, além da sua avaliação fitotóxica, como proposta eficaz e ambientalmente sustentável para o controle vetorial.
Material e Métodos
As AgNps foram produzidas pelo método de síntese verde onde o extrato aquoso da folha de Neem foi adicionado ao nitrato de prata (AgNO3), em meio reacional, temperatura e tempo controlados. O tamanho de partículas (TP), potencial zeta (PZ) e o índice de polidispersão (PdI) foram mensurados. Para os testes larvicidas foram utilizadas 20 larvas /copo com 100 ml de água destilada (ADE) submetidas a diferentes concentrações: 1,0- 0,1 ppm, além dos controles positivo, temefós e negativo água destilada. A mortalidade larval foi contabilizada após 48 horas de exposição. No teste fitotoxico foram utilizadas sementes de Pepino – Cucumis sativus, sendo 20 sementes por placa de Petri cobertas com papel filtro, solução salina saturada foi utilizada como controle negativo e ADE com controle positivo. As placas foram acondicionadas em estufa e avaliadas quanto ao crescimento radicular (CR) e índice de germinação (IG) após 4 dias de exposição.
Resultados e Conclusão
As AgNps apresentaram TP de 249, 2 nm ± 2,54, PZ de -19,3 ± 3,47 mV e PdI de 0,24 ± 0,011. Evidenciou-se mortalidade de 50% e 100 % das larvas nas concentrações de 0,54 e 1,0 ppm, respectivamente. Por outo lado, no teste fitotóxico, as melhores faixas de CR foram obtidas nas concentrações mais baixas, 0,2 (7,23±0,71) e 0,1 (7,17±0,71) ppm. O IG resultante foi > 100 indicando efeito de estimulo a germinação. Conclui-se que o extrato da planta A. indica possui um alto potencial para a formação de AgNPs tóxicas ao mosquito Ae aegypti, além de possuírem baixa toxicidade a sementes de C. sativus, sobretudo em baixas concentrações.
Palavras Chave
Azadirachta indica; Nanopartículas de prata; Aedes aegypti
Área
Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores
Prêmio Jovem Pesquisador
3.Concorrer na categoria - Doutorado
Autores
Daiane Rodrigues dos Santos, Douglas Dourado, Gabriel Faierstein, Rosangela Maria Rodrigues Barbosa, Fabio Rocha Formiga