Dados do Trabalho


Título

Indicadores Epidemiológicos da Hanseníase no estado de Minas Gerais

Introdução

A hanseníase é uma doença que atinge nervos e pele. A transmissão ocorre por vias aéreas com o contato prolongado com pessoas doentes. O diagnóstico é complexo e dependente de avaliação clínica criteriosa.  O Brasil possui regiões de alta média e baixas taxas de incidência. A diminuição da incidência depende de ações de conscientização e de investigação epidemiológica criteriosa de novos casos. Poucos estudos abordam a efetividade dessas ações, principalmente em regiões de baixos índices, o que denota a importância de um entendimento mais profundo sobre a distribuição de casos em locais com baixos índices.

Objetivo (s)

Analisar indicadores epidemiológicos e clínicos dos casos de hanseníase no Estado de Minas Gerais, entre 2001 e 2021. 

Material e Métodos

Trata-se de um estudo de análise de série temporal, quantitativo e descritivo, que abrangeu o período de 2001 a 2021, no estado de Minas Gerais, Brasil. Os dados foram obtidos através do Sistema Único de Saúde (DATASUS), e foram tabulados em Excel. 

Resultados e Conclusão

No período analisado, foram notificados 44.246 casos, sendo 27,9 % Paucibacilar e 72,1% Multibacilar. O índice de notificação geral da doença foi de 16,65/100.000 habitantes (hab.) em 2001 e diminuiu para 5,29/100.000 em 2021, o que indica um declínio do número de diagnósticos. Porém, as notificações da doença com grau II de incapacidade continuam frequentes, sendo 4,35/100.000 hab. em 2021. Apesar de ter decaído com o tempo de 1.78/100.000 hab. em 2001 para 0,90/100.000 hab. em 2021, ainda representa um alto índice de pacientes com o mais alto grau de incapacidade física. Concomitante a isso, taxa de incidência de novos casos em menores de 15 anos foi de 2,97/100.000 hab. em 2001 para 1,13/100.000 hab. em 2021. A incidência da hanseníase em crianças menores de 15 anos representa um indicador de exposição precoce ao bacilo. Estes dados apresentam, em geral, falhas de reconhecimento precoce da Hanseníase. Apesar da região de MG ser considerada de baixa endemia, estes dados demostram primeiramente que o diagnóstico tardio ainda é uma realidade neste estado. Neste contexto, ações de divulgação em saúde pública e a busca ativa por doe. ntes são fundamentais para se atingir as metas da OMS para 2030 (hanseníase zero). 

Palavras Chave

Hanseníase; Datasus; Endemia oculta; Diagnóstico Precoce

Área

Eixo 11 | 3.Outras infecções por bactérias, humanas e veterinárias - Hanseníase

Prêmio Jovem Pesquisador

1.Concorrer na categoria - Graduado

Autores

Alan de Castro Barbosa, Victor Hugo Palhares Flavio-Reis, Yago Marcos Gonçalves, Chamberttan Souza Desidério, Kleberson de Oliveira, Shirlei Octacílio da Silva, Carlo José Freire de Oliveira,, Rodrigo Anselmo Cazzaniga