Dados do Trabalho


Título

Fatores associados ao HIV entre adolescentes e jovens atendidos em Centros de Testagem e Aconselhamento de um município do interior de São Paulo

Introdução

A infecção pelo HIV entre jovens no Brasil vem crescendo nos últimos anos, sendo uma preocupação para a vigilância do agravo. O conhecimento do perfil de adolescentes e jovens mais vulneráveis à infecção pelo HIV pode permitir a elaboração de estratégias de prevenção e controle mais efetivas a partir da focalização de ações às especificidades individuais e coletivas.  

Objetivo (s)

Analisar os fatores associados ao HIV entre adolescentes e jovens de um município brasileiro de grande porte do estado de São Paulo. 

Material e Métodos

Estudo de caso controle com pessoas de 15 a 24 anos que procuraram os Centros de Testagem e Aconselhamento do município estudado entre os anos de 2018 a 2021. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Foram considerados casos aquelas pessoas com resultado reagente ao teste de HIV, enquanto os controles as que tiveram teste não reagente. A coleta de dados ocorreu por meio de fonte secundária, no período de 2022 a 2023. Os dados foram analisados por meio da aplicação do teste Qui-quadrado e regressão logística. 

Resultados e Conclusão

No modelo de regressão logística, entre aqueles que se declaram homens, as chances de ter teste reagente para HIV foi 5,38 vezes maior do que entre as mulheres. Identificou-se que profissionais do sexo tinham 31,5 vezes mais chance de ter infecção por HIV e aquelas pessoas que às vezes ou nunca utilizavam preservativo possuíam 2,43 vezes mais chance de adquirir a infecção. O sexo vaginal constituiu fator de proteção para infecção pelo HIV, quando comparado a outras práticas sexuais. A área sob a curva ROC foi 0,837, o que denota boa capacidade do modelo em predizer a infecção pelo HIV entre adolescentes e jovens. Nota-se que, para o enfrentamento do HIV, é premente a implementação de estratégias voltadas para a prevenção, diagnóstico e tratamento oportunos, considerando grupos e especificidades, como homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo e pessoas que realizam práticas sexuais que não a vaginal. É fundamental trabalhar a sensibilização dos adolescentes e jovens quanto ao uso consistente do preservativo e a possibilidade de outras formas de prevenção, como as profilaxias pré e pós-exposição ao HIV, dentre outras disponíveis na mandala da prevenção.

Palavras Chave

Adulto jovem; Adolescentes; Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)

Área

Eixo 17 | 4.Vigilância em saúde - Outras

Prêmio Jovem Pesquisador

3.Concorrer na categoria - Doutorado

Autores

Pedro Augusto Bossonario, Rubia Laine de Paula Andrade, Gabriel Zanin Sanguino, Nanci Michelle Saita, Erika Aparecida Catoia, Gabriela Tavares Magnobosco, Maria Amelia Zanon Ponce, Jaqueline Garcia de Almeida Ballestero, Jordana de Almeida Nogueira, Aline Aparecida Monroe