Dados do Trabalho

Título

Estudo nas comunidades ribeirinhas de Rondônia, identificadas pela primeira vez no Brasil, a infecção por malária assintomática.

Introdução

A infecção assintomática da malária, assim denominada por ausência de sinais e sintomas, foi identificada pela primeira vez no Brasil nas localidades ribeirinhas dos municípios de Porto Velho e Machadinho D’Oeste em Rondônia. Este trabalho de tese, da pesquisadora Fabiana Piovesan Alves, foi publicado em 2002 e registrou de 4-5 vez maior o número de casos dos portadores assintomáticos do plasmódio do que infecções sintomáticas. Para que planos de eliminação da malária tenham êxito faz-se necessário diagnosticar os portadores assintomáticos, já que são reservatórios do plasmódio e alimentam a cadeia de transmissão da malária no território.

Objetivo (s)

O objeto deste estudo é investigar os remanescentes positivos para malária assintomática do estudo de Alves et al. (2002) que ainda permanecem nas comunidades e estimar o índice de casos assintomáticos atual nas localidades do município de Machadinho D’Oeste-RO

Material e Métodos

A metodologia busca ativa foi adotada para coleta de dados e sangue dos ribeirinhos das comunidades: 2 de Novembro, São Pedro de Angusturia, Trindade, Monte Horebe e Monte Sinai, estudadas por Alves et al (2002). Análises realizadas: gota espessa, extração de DNA e amplificação do fragmento alvo para espécies de Plasmodium com o kit do IBMP, por técnica de RT- PCR.

Resultados e Conclusão

Os resultados da pesquisa de Plasmodium nas 74 amostras coletadas, analisadas por microscopia e RT-PCR, nenhuma amostra acusou positivo com dois métodos. Nesse estudo foram localizadas nas cinco comunidades 11 famílias remanescentes investigadas na tese de Alves (2002). Ela descreve que essas comunidades eram isoladas pelo difícil acesso pelo rio, já que o percurso até as comunidades contém 18 cachoeiras. Atualmente as estradas chegam até última a comunidade, Trindade. Outra mudança observada foi o considerável êxodo dos ribeirinhos para novas vilas criadas no município, em razão da construção das estradas de terra. Monte Horebe não é mais habitado e em Monte Sinai as casas são do povo da cidade. Pode-se concluir com os resultados negativos do presente estudo que os reflexos das mudanças ambientais, acesso rápido ao atendimento médico na cidade e mudança de hábitos contribuíram no controle da malária na região. Este trabalho continuará buscando os moradores das localidades do rio e os que mudaram para as novas vilas nas margens das estradas novas, pois conhecer os fatores de controle desta doença poderá ajudar outras populações que sofrem com esse agravo em Rondônia.

Palavras Chave

malária; Portador Assintomático; Ribeirinhos; Amazônia