Dados do Trabalho


Título

Déficit de zinco, ferro e vitamina D induzem aumento no agravamento na modulação do sistema imunológico na COVID-19

Introdução

A deficiência de zinco, ferro e vitamina D pode agravar sintomas da COVID-19, influenciando a resposta imunológica. Citocinas pró-inflamatórias durante a infecção podem causar lesão tecidual graves. Geralmente os indivíduos carentes desses nutrientes têm maior risco de mortalidade pela doença.

Objetivo (s)

Descrever a ocorrência do déficit de zinco, vitamina D e ferro nos óbitos de COVID-19 no município de Campo Grande no estado do Mato Grosso do Sul na pandemia.

Material e Métodos

Para este propósito, células mononucleares do sangue periférico (PBMC) foram coletadas de pacientes infectados atendidos na rede municipal pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de Campo Grande, no estado do Mato Grosso do Sul. As amostras foram analisadas por citometria de fluxo durante o período de 2020 a 2021 na rede laboratorial do SUS, com um total de 365 participantes incluídos no estudo. Este estudo teve a aprovação do Comitê de ética da UFMS (CAAE: 5 42969320.0.0000.0021).

Resultados e Conclusão

Os resultados evidenciaram que o déficit de vitamina D, zinco e ferro está associada ao aumento da expressão de receptores inibitórios em linfócitos TCD4+ e CD8+, principalmente em subpopulações de memória em células T reguladoras (Treg). A deficiência de vitamina D, zinco e ferro está associada à depleção de linfócitos, especialmente linfócitos T, em pacientes com COVID-19, devido à elevada produção de interferon-γ (IFN-γ) por neutrófilos e monócitos. Além disso, expressões de checkpoints imunes inibitórios, como PD-1 (morte programada), PD-L1 e CTLA4 na superfície das células T, estava diminuida com o déficit nutricional, por meio de anticorpos específico, sendo ineficaz na melhoria do curso da doença, na eliminação do vírus e no aumento da sobrevivência do paciente com sinais de agravamento. Nossos dados corroboram com estudos anteriores de que o aumento da expressão de receptores inibitórios durante a infecção pela COVID-19 prejudica funções efetoras de células T. Descrevem uma associação estatisticamente significativa entre deficiências nutricionais de vitamina D e óbitos com um Odds Ratio de 32.5. A deficiência de zinco e ferro também apresentaram um risco aumentado de óbitos, com Odss Ratio de 5.0 e 2.6, respectivamente. Os resultados, embora preliminares, descrevem que o déficit de vitamina D, zinco e ferro na COVID-19 favorece uma pré-condição de desnutrição e tanto a desnutrição quanto a infecção favorecem o aumento de sinais e sintomas com evolução ao óbito.

Palavras Chave

Zinco Ferro Vitamina D COVID-19 Óbitos

Área

Eixo 09 | COVID-19 humanas e veterinárias

Prêmio Jovem Pesquisador

2.Concorrer na categoria - Mestrado

Autores

ELIZA MIRANDA RAMOS, EMERSON LUIZ LIMA ARAÚJO, VITOR HUGO DOS SANTOS DUARTE, ALEXANDRA MARIA DE ALMEIDA CARVALHO