Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO SEM COLETA DE ESGOTO E AS INTERNAÇÕES POR DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA EM MINAS GERAIS, DE 2016 A 2022

Introdução

As doenças de veiculação hídrica são causadas pela utilização de água contaminada por microrganismos, sendo uma importante causa de morbidade e mortalidade no mundo. Dentre as enfermidades desse grupo, são exemplos a amebíase, a giardíase, a gastroenterite, a febre tifoide e paratifoide e as hepatites A e E. Nesse sentido, o inadequado recolhimento do esgoto é uma das principais causas de contaminação de fontes hídricas utilizadas para o abastecimento urbano e, consequentemente, colabora para a persistência dessas enfermidades. A partir disso, torna-se importante a análise da abrangência da coleta de esgoto, visando a redução da disseminação de doenças entre a população.

Objetivo (s)

Avaliar o percentual da população sem acesso à coleta de esgoto e relacionar com os registros de internações por doenças de veiculação hídrica em Minas Gerais, entre os anos de 2016 a 2022.

Material e Métodos

Estudo ecológico realizado com base nas estatísticas nacionais do Painel Saneamento Brasil. As informações foram obtidas em maio de 2024, a partir dos indicadores “Parcela da população sem coleta de esgoto” e “Internações por doenças de veiculação hídrica”, sendo posteriormente filtradas de acordo com a localidade (Minas Gerais) e os anos analisados (2016 a 2022). Os dados foram agrupados em triênios e foram calculadas as médias aritméticas simples dos valores, a fim de se considerar as flutuações nos anos de análise.

Resultados e Conclusão

A partir da análise dos dados sobre as porcentagens de indivíduos sem acesso à coleta de esgoto, observou-se uma redução progressiva das médias aritméticas ao longo dos triênios observados, tendo-se encontrado os seguintes resultados: 1° triênio (2016,17,18) – 28,67%; 2° triênio (2018,19,20) – 26,97%; 3° triênio (2020,21,22) – 25,27%. De modo similar, o estudo das médias aritméticas das internações hospitalares devido às doenças veiculadas pela água, organizadas nos triênios já especificados, mostrou uma redução gradual: 1° triênio – 19.925,33 casos; 2° triênio – 16.857,67 casos; e 3° triênio – 9.779,33 casos. Diante disso, pode-se notar que o aumento no acesso à coleta adequada de esgoto cursou com uma redução do número de internações. Torna-se evidente, portanto, a importância da universalização do saneamento básico como medida de prevenção e promoção da saúde pública.

Palavras Chave

Esgotos; Promoção de saúde; Saneamento

Área

Eixo 17 | 4.Vigilância em saúde - Outras

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

Leidiane Clotilde Ferreira, Maria Celeste Fujita Ribeiro, Antônia Gotti Cestaro, Letícia Tavares Ribeiro, Andréia Patrícia Gomes