Dados do Trabalho

Título

Impactos da Pandemia: A epidemiologia do SARS-CoV2 no estado do Pará

Introdução

No primeiro ano da pandemia ocasionada pelo novo coronavirus, SARS-CoV2, o Pará estava entre os cinco estados brasileiros com maior número de óbitos e os municípios paraenses com maior número de casos foram: Belém (16,62%), Parauapebas (9,62%), Ananindeua (3,84%), Marabá (3,59%), Cametá (2,89%) e Santarém (2,63%).

Objetivo (s)

Identificar o perfil clínico e epidemiológico dos indivíduos acometidos pelo SARVS-Cov2 no estado do Pará. 

Material e Métodos

Estudo transversal quantitativo descritivo. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (IEC/PA-CAAE-36435020.8.0000.0019). A coleta dos dados ocorreu em agosto e setembro de 2020, mediante questionário eletrônico, disponibilizado a partir de um link nas redes sociais. Público-alvo: indivíduos maiores de 18 anos, com acesso à internet e residentes na Região Metropolitana de Belém e nas cidades de Santarém e Marabá, todas no estado do Pará. Os dados foram tabulados em planilha Excel e análise descritiva realizada. 

Resultados e Conclusão

O estudo conseguiu abranger 10 municípios do estado do Pará no período da coleta de dados. Dos 281 participantes, somente 35% (n=99/281) afirmaram acometimento pela COVID-19. Quando observamos a positividade em relação ao local de residência, 97% residiam na Região Metropolitana de Belém. Ao estratificarmos, por sexo e faixa etária, identificamos maior número de casos na população feminina, entre 31 e 40 anos, seguida de 21 a 30 anos, com total de 76% (n=75/99), 37,3% (n=37/99) e 35,3% (n=35/99), respectivamente. Quanto a escolaridade, houve predominância dos indivíduos com ensino superior incompleto, 42,4% (n=42/99). As manifestações clínicas mais relatadas foram cansaço físico, perda de paladar e/ou olfato, dificuldade de respirar ou falta de ar e dor de cabeça, com persistência de duração superior a 15 dias. Em relação a temporalidade, mais de 50% das infecções ocorreram no mês de abril. Conclusão: No período da coleta, não havia vacina disponível para a população. Apesar disso, os participantes acometidos pela doença cursaram quadro auto limitado. O maior número de infecções ocorreu no período de aumento de casos de COVID-19 no Brasil, denominados por alguns pesquisadores de primeira onda da pandemia no país. Esses dados podem agregar em estudos sobre a circulação e detecção do Virus e seus fenômenos demográficos e compreensão sobre o comportamento clínico da doença.

Palavras Chave

Epidemiologia; Saúde Pública; Pandemia.