Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE NO BRASIL EM 2024

Introdução

A dengue é uma das principais doenças emergentes e reemergentes no Brasil. É considerada um problema de saúde pública devido a sua alta incidência e potencial de disseminação. Dados da organização mundial de saúde de 2023, evidenciaram que o Brasil foi o país com maior incidência de casos de dengue no mundo. Em 2024, tal fato persiste, evidenciado pelo crescimento acelerado nos casos de dengue no Brasil, mesmo com as medidas de controle e do manejo ambiental implantadas. Logo, se faz necessário conhecer o perfil epidemiológico a fim de reduzir a doença no Brasil.

Objetivo (s)

Descrever o perfil epidemiológico da dengue no Brasil.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo transversal, ecológico, quantitativo dos casos de dengue notificados no Sistema de Informações de Agravos e Notificações do Sistema Único de Saúde (SINAN/SUS). Os dados extraídos do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) foram de 01 de janeiro de 2024 até 13 de abril de 2024. As variáveis avaliadas (faixa etária, sexo, raça, regiões brasileiras, desfecho clínico e hospitalizações), foram registradas, tabuladas através do R (versão 4.1.3) e analisadas para a obtenção de porcentagem simples.

Resultados e Conclusão

Foram notificados um total de 1.580.908 casos no Brasil. Destes, 54,88% (866.499) mulheres e 45,12% (712.414) homens. Entre as faixas etárias analisadas, 18 e 59 anos, foi a mais predominante com 64,63% (1.021.718), seguida de ≤17 anos, 19,97% (315.701) e pela de 60 ou mais com 15,40% (243.489). Entre as raças, primazia a raça branca, 48,71% (651.737), seguida por pardos, 43,41% (580.820), pretos, 6,45% (86.283), amarelos, 1,13% (15.166) e indígenas, 0,29% (3.925). Quanto às regiões brasileiras analisadas, tem-se: o Sudeste com mais casos de dengue 63,64% (1.006.161), seguidos da região Sul, 17,52% (277.063), Centro-Oeste, 13,52% (213.757), Nordeste, 4,27% (67.446), e Norte, 1,05% (16.532). Apenas 1.269.017 notificações tiveram o desfecho, sendo 99,80% (1.266.516) de cura, seguido de 0,10% (1.223) de óbitos em investigação, 0,09% (1.105) de óbitos e 0,01% (173) de óbitos por outras causas. Quanto ao número de hospitalizações, tiveram-se um total de 1.191.523 notificações, sendo 94,92% (1.130.977) não se hospitalizaram e 5,08% (60.546) tiveram hospitalizados. É relevante analisar o perfil epidemiológico da dengue no Brasil, visto que servirá de subsídios para (re)orientar as medidas de promoção e proteção contra a dengue. A fim de decrescer tanto a ocorrência da doença, quanto seus impactos na saúde pública, sociais e econômicos.

Palavras Chave

Infecções por arbovírus; Perfil epidemiológico; Saúde ambiental; Notificação de doenças; Aedes.

Área

Eixo 08 | Arboviroses humanas e veterinárias

Prêmio Jovem Pesquisador

3.Concorrer na categoria - Doutorado

Autores

Sálvia Cely Cerqueira Carvalho, Jamile Rodrigues Cosme de Holanda, Thayane Santos Siqueira, Lívia Silveira Silva, José Rodrigo Santos Silva, Víctor Santana Santos