Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DOS CASOS IMPORTADOS DE MALÁRIA NA REGIÃO EXTRA-AMAZÔNICA, ENTRE 2019 À 2022.

Introdução

A malária na região extra-amazônica possui uma dinâmica de transmissão diferente da Amazônia brasileira, sendo geralmente desencadeada por pacientes provenientes de estados ou países endêmicos. A mobilidade de pessoas doentes para a região extra-amazônica é relacionada à ocorrência de surtos localizados devido a receptividade de algumas áreas, a exemplo da mata atlântica. Dessa forma, a análise dos casos importados nos estados da região não endêmica é fundamental para direcionar as ações necessárias para o controle e eliminação da malária.  

Objetivo (s)

Descrever os casos importados de malária na região extra-amazônica, entre 2019 à 2022

Material e Métodos

Estudo descritivo dos casos importados da malária na região extra-amazônica entre os anos de 2019 à 2022. Foi utilizado dados do Sinan e do Sivep-Malária. Para a análise utilizou-se os softwares Tableau 2021.4 e Excel 2016. Este trabalho não foi submetido à Comissão de Ética, porque utilizou dados secundários. 

Resultados e Conclusão

Foram registrados 1.683 casos importados na região extra-amazônica. Destes, 68,3% foram importados da região amazônica brasileira e 32,7% foram casos importados de outros países, em sua maioria do continente africano (13,9%). Na região extra-amazônica, o estado de São Paulo registrou maior número de casos importados no período, com 335 casos (19,9%), seguido de Goiás (19.3%) e Paraná (8,6%). Em relação ao período entre o início dos sintomas e o tratamento, cerca de 38,1% dos casos foram tratados em tempo oportuno, contudo 61,9% ultrapassaram as 96 horas preconizadas pelo Ministério da Saúde. A faixa etária entre 31 e 40 anos representou o maior número de registros, com 329 casos no período. A maioria dos casos importados ocorreu em homens (877 casos notificados). De acordo com a letalidade da doença, observou-se que a chance de morrer por malária na região extra-amazônica foi 68 vezes maior do que na região amazônica. A malária na região extra-amazônica requer maior atenção em sua suspeição clínica, visto que quanto maior o intervalo entre o início dos sintomas e o tratamento, maior a possibilidade de agravamento do quadro clínico dos pacientes. Além disso, a presença da fonte de infecção em locais receptivos contribui para a manutenção do ciclo de transmissão. Sugere-se fortalecimento da vigilância da malária extra-amazônica por meio de capacitações periódicas dos profissionais de saúde de hospitais de referência para suspeição dos casos e início do tratamento oportuno.

Palavras Chave

malária; extra-Amazônia; Plasmodium

Área

Eixo 06 | 3.Protozooses humanas e veterinárias - Malária

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

RONAN ROCHA COELHO, ANDERSON COUTINHO DA SILVA, ANA CAROLINA LARAIA CIARLINI, MÁRCIO PEREIRA FABIANO, GILBERTO GILMAR MORESCO, EDILIA SAMELA FREITAS SANTOS, DANIELA MICHELE DE MOURA ROCHA PIRES, ELIANDRA CASTRO DE OLIVEIRA, PABLO SEBASTIAN TAVARES AMARAL, NATHALIE ALVES AGRIPINO, ALEXANDER VARGAS