Dados do Trabalho


Título

Reintrodução de casos de malária no Tocantins em 2023 e ações realizadas para interromper a transmissão

Introdução

O estado do Tocantins (TO) manteve zero casos autóctones de malária durante três anos consecutivos (2020, 2021 e 2022). Contudo, apesar da vigilância contínua dos casos importados, em 2023 foram registrados casos autóctones no estado.

Objetivo (s)

Descrever os casos autóctones de malária ocorridos no Tocantins em 2023 e as ações realizadas pelo estado para interromper a transmissão.

Material e Métodos

Estudo descritivo com dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica - Malária (Sivep-Malária). Para o tratamento dos dados foi utilizado o software Tableau 2024.1.

Resultados e Conclusão

Em 2023, houve a reintrodução da malária no Tocantins a partir de um caso, registrado em uma localidade de garimpo do município de Conceição do Tocantins. Também foram registrados quatro casos no município de Almas e um caso em Porto Nacional, totalizando 6 casos autóctones, todos por Plasmodium vivax, entre maio e junho de 2023. Em relação aos casos importados, nesse mesmo ano foram registrados 26, representando um aumento de 13,6% em relação ao ano anterior. Dos casos importados, 19 tiveram como local de infecção estados da região amazônica (Amapá, Mato Grosso, Pará e Roraima) e 7, outros países (Guiana, Guiana Francesa e Venezuela). Para interromper a transmissão dos casos, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) do TO realizou ações com busca ativa de casos, treinamento de profissionais para a realização de diagnóstico por gota espessa e teste rápido e preenchimento das notificações, georreferenciamento dos casos e pontos de captura de vetores, coleta entomológica e Borrifação Residual Intradomiciliar. Além disso, sabendo da importância da educação em saúde para informar a população, foram disponibilizados para todos os 139 municípios do estado material gráfico e arquivos digitais, como cartazes, folhetos e cards. As medidas adotadas pelo estado resultaram em uma nova interrupção da transmissão da malária, que se mantém após um ano da ocorrência dos casos autóctones. Ações de diagnóstico e tratamento oportunos integradas à vigilância entomológica e uma comunicação efetiva são exemplos exitosos de como interromper de forma eficaz a transmissão da malária. É necessário garantir a continuidade das ações de vigilância, com a constante capacitação de recursos humanos, a fim de se alcançar a eliminação da malária e a prevenção do restabelecimento de sua transmissão.

Palavras Chave

malária; Tocantins; Vigilância Epidemiológica

Área

Eixo 06 | 3.Protozooses humanas e veterinárias - Malária

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

Jessica de Oliveira Sousa, Ana Carolina Laraia Ciarlini, Anderson Coutinho da Silva, Marcio Pereira Fabiano, Marco Aurélio de Oliveira Martins, Denize Khirlley Macedo Silva Santos Serpa, Alexander Vargas