Dados do Trabalho
Título
Análise sobre a taxa de hospitalização e de mortalidade devido à dengue no Brasil, entre 2019 e 2023
Introdução
A dengue é classificada como uma arbovirose, tendo como vetor o mosquito da espécie Aedes aegypti, o qual transmite o vírus da família Flaviviridae. O aspecto clínico dos pacientes infectados é variável, podem ser tanto assintomáticos quanto sintomáticos. Se sintomáticos, os quadros clínicos podem ir desde a dengue clássica até as formas mais graves, com a febre hemorrágica que pode levar à internação e evoluir para óbito. Ultimamente, com o surto de casos de dengue no Brasil, descrita pela OMS como possivelmente a pior da história, se torna essencial a análise epidemiológica, especialmente em relação aos números de internações e taxa de mortalidade.
Objetivo (s)
Analisar a epidemiologia das internações por dengue clássica e febre hemorrágica, bem como a taxa de mortalidade no Brasil, no período entre 2019 a 2023.
Material e Métodos
Estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado via coleta de dados no Sistema de Informação Hospitalares do SUS vinculado ao DATASUS, segundo variáveis de ano de notificação, taxa de mortalidade e regiões brasileiras. As internações investigadas foram aquelas decorrentes da Dengue clássica e Febre Hemorrágica devida ao vírus da dengue entre 2019 e 2023.
Resultados e Conclusão
Constatou-se que no período analisado houve um total de 198.883 internações nos últimos 5 anos. Referente a esse resultado,a distribuição configurou-se por: 55.480 internações em 2019, 34.881 em 2020, 16.272 em 2021, 45.481 em 2022 e 46.769 em 2023. Sendo entre 2020- 2021 o período com maior redução, cerca de 53% e o de maior aumento, entre 2021-2022 com 180%. Em relação à taxa de crescimento anual composto, foi observado uma discreta redução de 3% ao longo do tempo. As regiões que apresentaram os maiores índices de internações foram respectivamente Sudeste (33,41%), Nordeste (22,31%) e Centro-Oeste (22,09%). Ao que se refere à taxa de mortalidade, no decorrer dos anos foi evidenciado um crescimento de 9% e a comparação entre as regiões notou-se que o Nordeste apresenta a maior taxa (1,35) e o Norte a menor (0,57). Conclusão: Portanto, evidencia-se que houve um aumento das internações por dengue no Brasil, sendo que a região Sudeste predomina entre as demais. Esse aumento dos casos foi acompanhado por um agravamento da taxa de mortalidade, o que mostra a importância do estudo epidemiológico na construção de medidas públicas para a prevenção e combate da dengue.
Palavras Chave
Brasil; dengue; Hospitalização; Mortalidade
Área
Eixo 08 | Arboviroses humanas e veterinárias
Prêmio Jovem Pesquisador
4.Não desejo concorrer
Autores
Yasmim Melo Costa de Azevedo , Giulia Deziró Aranão, Higor Braga Cartaxo