Dados do Trabalho


Título

Avaliação dos conhecimentos em esquistossomose de comunidade endêmica em Salvador, Bahia, Brasil

Introdução

A esquistossomose, doença tropical negligenciada (DNT), afeta cerca de 252 milhões de pessoas. No Brasil, o inquérito nacional mostra baixa incidência (2% no país, 3% na Bahia), mas em áreas próximas a Salvador, a prevalência varia de 5% a 25%. Avaliar o conhecimento nas comunidades endêmicas sobre essa doença é crucial para nortear políticas públicas e um modelo de educação eficaz.  

Objetivo (s)

Objetivo primário: Determinar o impacto de uma intervenção educativa autoral nos conhecimentos em esquistossomose de moradores de uma região endêmica para esquistossomose em Salvador, Bahia, Brasil. Objetivo secundário: Avaliar se a participação na intervenção educativa influencia na decisão em participar de um pesquisa sobre esquistossomose

Material e Métodos

Estudo de intervenção quase-experimental com desenho de medidas repetidas no qual foram avaliados os conhecimentos sobre esquistossomose antes e após uma intervenção educativa no formato de vídeo. Dois questionários foram aplicados: um para dados sociodemográficos e outro para avaliar o conhecimento, com 15 questões de múltipla escolha inspiradas em estudos prévios. O questionário abordou conhecimentos gerais (6 questões) e atitudes/práticas (9 questões) relacionadas à prevenção e tratamento da esquistossomose. Cada questão possuía quatro alternativas, sendo somente uma verdadeira. O estudo foi aprovado pelo CEP-IGM-Fiocruz/BA CAAE: 42424915.9.0000.0040. Figura 1: Roteiro de atividades

Resultados e Conclusão

O estudo incluiu 54 participantes, majoritariamente mulheres (57,4%), com idade média de 44,7 anos (sd= 18,9 anos), naturais de Salvador (64,81%) e com 11-13 anos de escolaridade (38,89%). Antes da intervenção educativa, a mediana de acertos no questionário sobre esquistossomose foi de 10, aumentando para 11 após a intervenção, mas sem significância estatística (p = 0,066). Não houve diferenças significativas no desempenho pré e pós-intervenção ao considerar sexo, idade e escolaridade. Entretanto, a participação geral e no inquérito epidemiológico foi maior no grupo que recebeu a intervenção educativa em comparação ao grupo controle (100% vs 86%, p = 0,01), assim como a coleta de amostras para exames (83% vs 49%, p < 0,05). Figura 2: Boxplot da distribuição dos acertos no questionário sobre esquistossomose antes e depois da intervenção educativa   Conclusão:  Intervenções educativas podem ampliar os conhecimentos de uma comunidade sobre esquistossomose e influenciar na decisão em participar de inquéritos epidemiológicos e parasitológicos sobre essa doença.  

Palavras Chave

Doenças Negligenciaveis; Esquistossomose; participação social; Educação em saúde; comunicação e educação em saúde

Área

Eixo 07 | 3.Helmintíases humanas e veterinárias - Esquistossomose

Prêmio Jovem Pesquisador

1.Concorrer na categoria - Graduado

Autores

Vinicius Raimundo-Silva, Camila Chaves, Isabel Lima-Araujo, Luiza Alves Sineiro, Julia Sadigursky, Mitermayer Galvão Reis, Luciano Kalabric