Dados do Trabalho
Título
ESTUDO ENTOMOLÓGICO EM ÁREA URBANA DE TRANSMISSÃO DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR NO MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS, MINAS GERAIS.
Introdução
Introdução: A Leishmaniose Tegumentar (LT) é uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. A doença é causada por protozoários do gênero Leishmania. No Brasil, há sete espécies de leishmanias envolvidas na ocorrência de casos de LT. As mais importantes são: Leishmania (Leishmania) amazonensis, Leishmania (Viannia) guyanensis e Leishmania (Viannia) braziliensis. A doença é transmitida ao ser humano pela picada de flebotomíneos fêmeas infectados, pertencentes à ordem Diptera, família Psychodidae, subfamília Phlebotominae, conhecidos popularmente como mosquito palha. Em Montes Claros, entre os anos de 2021 e 2024, foram notificados 362 casos de LT, sendo que destes 105 foram registrados na área de estudo, caracterizando situação de surto no município.
Objetivo (s)
Objetivos: O projeto tem como objetivo estudar a fauna de flebotomíneos e analisar a infecção natural por Leishmania utilizando métodos moleculares.
Material e Métodos
Material e métodos: Os pontos de capturas entomológicas foram definidos conforme os registros dos casos humanos de LT. Foram escolhidos 6 bairros (Jardim Liberdade, Sapucaia I, Sapucaia II, Ibituruna, Amazonas e Vitória). Nestes, foram dispostas 12 armadilhas luminosas do tipo CDC distribuídas em seis áreas de mata, sendo dois pontos de capturas em cada área. As armadilhas foram expostas durante 3 noites consecutivas em cada mês, durante doze meses (junho/2022 a maio/2023).
Resultados e Conclusão
Resultados e conclusão: Até o presente momento, foram identificados nas áreas estudadas 2183 exemplares de flebotomíneos, sendo 958 fêmeas e 1225 machos, distribuídos em 22 espécies pertencentes a diversos gêneros: Brumptomyia; Evandromyia; Lutzomyia; Martinsmyia; Migonemyia; Micropygomyia; Nyssomyia; Pintomyia; Psathyromyia e Sciopemyia. No total de fêmeas capturadas a espécie Micropygomyia quinquefer foi a que apresentou maior número de flebotomíneos capturados (30%), seguida de Lutzomyia longipalpis (21%). Já em relação aos machos capturados, Lutzomyia longipalpis foi a espécie que apresentou a maior porcentagem (49%), seguido de Lutzomyia renei (17%). O conhecimento da ecoepidemiologia da doença, principalmente do inseto vetor, permite a elaboração e o direcionamento dos serviços de saúde em relação as medidas de controle, visando melhorar a saúde da comunidade e contribuir no estabelecimento da relação dinâmica e da compreensão global do processo saúde/doença.
Palavras Chave
Flebotomíneos; Leishmaniose Tegumentar; Montes Claros.
Área
Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores
Prêmio Jovem Pesquisador
4.Não desejo concorrer
Autores
Marília Fonseca Rocha, Érika Michalsky Monteiro, Fabiana Oliveira Lara Silva, Ana Luísa Barbosa Quintão Cotta, Dâmaris Sarita Marcos Neves, Rafaela Antunes Sampaio, Nadja Biondine Marriel, Ronaldo Cardoso Santos, Douglas Aparecido Oliveira, Rafaella Albuquerque Silva, Edelberto Santos Dias