Dados do Trabalho

Título

Diagnóstico das estratégias de intervenção para o controle vetorial de dengue em municípios do estado de São Paulo/Brasil no período de 2010 a 2019.

Introdução

A dengue é considerada um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, sendo o Brasil um dos países que vem apresentando aumento do número de casos dessa doença mesmo com a existência de instrumentos oficiais norteadores como a Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue e as Diretrizes para o Controle e Prevenção das Arboviroses urbanas no Estado de São Paulo.

Objetivo (s)

Este estudo buscou realizar um diagnóstico quanto às ações de controle vetorial desenvolvidas em municípios do Estado de São Paulo com diferentes portes populacionais e perfis de ocorrência de casos de dengue de 2010 a 2019, tendo como referência indicadores avaliativos existentes, além de questionários e entrevistas. 

Material e Métodos

Neste estudo foram utilizados métodos de abordagens qualitativa e quantitativa concomitantemente. O estudo foi desenvolvido em 3 etapas: 1) – Apresentação do (s) perfil (is) quanto às ações de controle vetorial desenvolvidas por municípios com diferentes portes populacionais e frequência de ocorrência de casos de dengue a partir de indicadores; 2) Análise comparativa do conjunto de indicadores relacionados às ações de controle vetorial dos municípios com diferentes portes populacionais e frequência de ocorrência de casos de dengue e 3) Identificação de avanços, desafios e estratégias quanto às práticas estabelecidas pelos municípios referentes às ações de controle vetorial.

Resultados e Conclusão

Os principais resultados indicaram maior dificuldades frente às normativas em municípios de maior porte populacional e frequência de casos de dengue, além do controle vetorial ser mais exequível em municípios de menor porte populacional. No geral, há necessidade de aprimorar recursos humanos, ações de educação e de mobilização. A pesquisa sugere a incorporação de programas permanentes de ações de educação e mobilização em diversos setores com a participação ativa e contínua da comunidade no controle à dengue. A falta de acesso das referências responsáveis pelo controle vetorial à informação sobre recursos financeiros evidencia a necessidade de fortalecer a gestão do controle vetorial. Sugere-se direções para futuras pesquisas e ações práticas, como a aplicação desta metodologia em todos os municípios do estado de São Paulo e a elaboração de um plano estratégico intersetorial para o controle do Aedes aegypti.

Palavras Chave

Saúde Pública; indicadores; análise de conteúdo; Controle de Vetores de Doenças; dengue