Dados do Trabalho

Título

Doenças infecciosas versus saneamento básico na cidade de Teresina, Piauí.

Introdução

Atividades antrópicas que alteram o meio ambiente, associadas à ausência ou inadequação de saneamento, podem levar ao aumento da incidência de doenças, bem como a redução da qualidade e da expectativa de vida da população. A deficiência dos serviços de saneamento básico tem profunda correlação com saúde pública e degradação do meio ambiente. Essa situação de vulnerabilidade ambiental pode permitir a disseminação de agentes de veiculação hídrica, com impactos negativos na saúde pública. As populações sem acesso ao abastecimento de água, à cobertura de esgoto e de lixo são bem mais susceptíveis a altos níveis de poluição e degradação ambiental. Nessa perspectiva, é de suma importância a análise de estudos sobre doenças infecciosas, bem como as possíveis implicações a saúde pública nas cidades.

Objetivo (s)

Analisar a presença de doenças infecciosas relacionadas ao serviço de saneamento básico na cidade de Teresina, capital do estado de Piauí.

Material e Métodos

Foram realizados estudos sobre os dados de serviço de saneamento básico prestados pelo município, utilizando como referência os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e Sistema Nacional sobre Saneamento (SNIS). Além disso, foram captados dados através do zoneamento da área. Analisando, assim, serviços no que diz respeito a ocorrência de doenças infecciosas e ausência ou escassez de saneamento básico.

Resultados e Conclusão

Segundo IBGE, a cidade de Teresina apresenta 69,20% e 8,3% de saneamento adequado em áreas urbanas e rurais, respectivamente. De forma geral, 5,21% da população não tem acesso a água e 58,94% sem coleta de esgoto (SNIS, 2022). O número de óbitos por doenças infecciosas e parasitárias somam 206/5267 (3,9%) no ano de 2019 (IBGE, 2019), já o número de internações totais por doenças de veiculação hídrica foi de 628 no mesmo ano (DATASUS, 2019). Enquanto isso, os casos de internações por diarreia em menores de cinco anos foram de 31,7 internações por mil habitantes (IBGE, 2022). É notório o fato de que grandes déficits de cobertura e inadequações dos serviços de saneamento podem contribuir para a incidência de doenças infecciosas que comprometem a qualidade de vida dos grupos populacionais, com reflexos imediatos nos indicadores de saúde no município.

Palavras Chave

Saneamento básico; doenças infecciosas; Piauí.