Dados do Trabalho
Título
Vulnerabilidade e Baixa Cobertura Vacinal da Tríplice Viral: Um panorama do estado do Tocantins de 2018 a 2022
Introdução
A vacina tríplice viral contempla a imunização ativa referente à três enfermidades (caxumba, rubéola, sarampo), sendo aplicada em duas doses, aos doze meses e aos 15 meses. A cobertura vacinal (CV), feita pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), refere-se a uma estatística que corresponde à população-alvo vacinada. Desde o contexto pandêmico, é perceptível uma tendência de decréscimo da CV da trivalente nas Américas, no Brasil e no estado do Tocantins (TO). O que coloca as microrregiões pertencentes a esse estado em constante vulnerabilidade ao retorno do agravo de doenças.
Objetivo (s)
Avaliar o panorama epidemiológico da cobertura vacinal da tríplice viral no TO e em suas microrregiões no período de 2018 a 2022.
Material e Métodos
Estudo ecológico, documental e quantitativo, no qual foram usados dados coletados e consolidados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), com busca datada em agosto de 2023. Foram coletados dados de CV da primeira dose (D1), segunda dose (D2) e regiões de saúde de 2018-2022.
Resultados e Conclusão
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a CV ideal para a Tríplice viral é acima de 95%. Analisando os dados no período de 2018 a 2022, com dados consolidados das D1 e D2, o BR alcançou 85,51%, a Região Norte (RNO) apenas 76,58% e o TO com 85,62%, todos abaixo do ideal. Tanto BR, RNO e TO vem apresentando quedas na CV nos últimos anos. Analisando somente a CV da D2, os números são menores ainda, com 55,26% no BR, 57,33% na RNO e 66,8% no TO. Estratificando o TO nas regiões de saúde (CIR), a região Sudeste apresenta a maior média de CV, com 99,09%, e a Ilha do Bananal com a menor CV, 79,62%. Conclusão: Baseado nos dados do estudo, ficou evidente que a cobertura vacinal para a Tríplice viral está pelo menos dez pontos percentuais abaixo do estimado pela OMS. Essa diminuição, principalmente na segunda dose põe em risco todo o protocolo vacinal e proteção da população. Fato também observado nas microrregiões do Tocantins, principalmente nas mais isoladas como a Ilha do Bananal. Evidenciando a necessidade de melhoria nas estratégias de vacinação, o que mostra a falta de adequação da Atenção Primária à Saúde em relação à nova configuração social herdada pela pandemia, tornando, assim, essas microrregiões mais vulneráveis e suscetíveis ao retorno de doenças combatidas pela vacina tríplice viral.
Palavras Chave
Cobertura Vacinal; Pandemia; Vacina tríplice viral.
Área
Eixo 15 | Vacinas e imunizações
Prêmio Jovem Pesquisador
4.Não desejo concorrer
Autores
HIDELBERTO MATOS SILVA, GUSTAVO COSTA DE CARVALHO, IRENE CAROLINE NOLETO NESTOR, ALDIRO PINHEIRO DA MOTA JÚNIOR, ANALUISA DE BARROS ANGELOPES PEREIRA, BRUNA CAROLINE CARDOSO PINHEIRO, BLENDA AMÉLIA PEREIRA MACHADO, BRUNA HELENA DA SILVA MIRANDA, ISABELA PEREIRA, MARIA EDUARDA WATANABE DE SOUZA DIM, VIRGÍNIA OLIVEIRA SANTOS