Dados do Trabalho
Título
Estudo transversal sobre a evolução dos casos de dengue com Diabetes mellitus no Brasil entre 2022 e 2024
Introdução
A dengue é uma doença transmissível de importância para a saúde pública e pode apresentar desfecho desfavorável em pessoas com Diabetes Mellitus (DM). Estima-se que 6,9% (13 milhões) da população brasileira viva com a doença. Entre 2022 e 2024, a carga de dengue apresentou crescimento significativo, sendo 2024 a pior epidemia da série histórica no país. O tratamento em tempo hábil é uma intervenção essencial, assim, identificar a clínica grave é uma prioridade, devido às complicações, hospitalizações e óbitos.
Objetivo (s)
Estimar a prevalência de DM entre os casos de dengue que evoluíram para óbito entre 2022 e 2024.
Material e Métodos
Estudo transversal com dados de notificação do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan), entre SE01/2022 e SE20/2024, por meio do programa TabWin. Foram utilizadas as variáveis sócio-demográficas e clínicas. Foi calculada frequências absolutas e relativas e taxa de incidência por 100 mil habitantes, razão de prevalência (RP) com intervalo de confiança de 95% (IC95%) e erro alfa de 0,05. Foi utilizada uma amostra de 7.916.221 casos prováveis de dengue no Brasil, exceto do Espírito Santo. Estudo com dados secundários, desidentificados e dispensada de registro na Plataforma Brasil.
Resultados e Conclusão
No período, 4,1% (531.601) registros tinham DM. Destes, 62,5% (331.999) são do sexo feminino. Destas, 4,4 (2.726) das mulheres em idade fértil, são gestantes. De todos os DM, 54,5% (252.952) são brancos e 44,1% (204.856) são negros. A faixa etária mais prevalente é de 45 anos ou mais, 81% (237.780). A incidência por 100 mil habitantes foi de 1.087 no Distrito Federal, seguido de 584 no Paraná, 573 em Minas Gerais, 402 em São Paulo e 392 em Santa Catarina e a taxa de mortalidade foi de 0,9 casos por 100 mil habitantes. A prevalência de diabetes entre os óbitos foi 6,6 vezes superior (RP: 6,614; IC95%:6,277-6,969; p<0,05). O estudo demonstra que a razão de prevalência elevada (RP: 6,614) entre os diabéticos, indica a importância do manejo clínico oportuno neste grupo populacional, visando evitar a evolução para gravidade. A implementação da hidratação e atenção médica especializada é fundamental para evitar o óbito. Apesar das limitações do método e dos dados do Sinan, o estudo é útil para gestores públicos e privados no planejamento das ações preventivas contra o Aedes aegypti e evidencia a sua importância para a saúde pública.
Palavras Chave
dengue; diabetes mellitus; Óbito.
Área
Eixo 08 | Arboviroses humanas e veterinárias
Prêmio Jovem Pesquisador
4.Não desejo concorrer
Autores
Danielle Oliveira Silva, Amanda Lorraine Pereira Silva, Anne Caroline Soares Martins Lancini, Brenna Friderichs Whitley, Cintia Graziely Miranda Azevedo, Laysa Dos Reis Carvalho Romualdo, Nayara De Souza Pimentel Felix Cardoso, Rachel Gomes De Andrade Mendonça, Renato Ferreira Da Silva Figueiredo, Rosa Maria Alves Pereira Fogaça, Wanderson Kleber de Oliveira