Dados do Trabalho


Título

Avaliação do perfil de mortalidade por dengue na última década do Estado de São Paulo

Introdução

A dengue é uma doença infecciosa viral causada por 4 sorotipos e transmitida em humanos através da fêmea do mosquito Aedes aegypti, figurando entre as principais patologias endêmicas dos países tropicais, principalmente naqueles em desenvolvimento. Atualmente, é endêmica em 128 países e representa risco para cerca de 3,97 bilhões de pessoas por ano. No Brasil, foram registrados 2,6 milhões de casos prováveis de dengue até abril de 2024. Além disso, suas apresentações clínicas variam de febre leve a hemorrágica e síndrome de choque, que possuem elevada mortalidade se não forem manejadas de maneira precoce. Seu tratamento se baseia essencialmente em medidas de suporte médico, uma vez que não há medicamento antiviral específico para a dengue até o momento. Portanto, diante da relevância da dengue no Brasil, é importante conhecer a epidemiologia dos pacientes de risco para prevenção de casos graves.

Objetivo (s)

Explorar os aspectos epidemiológicos dos óbitos por dengue de 2014 a maio de 2024.

Material e Métodos

Trata-se de uma análise epidemiológica descritiva do número de óbitos por ano, cor, sexo e faixa etária ocorridos no estado de SP de 2014 a maio de 2024, dados utilizados do DATASUS (TABNET).

Resultados e Conclusão

Foram registrados um total de 2279 óbitos por dengue no local e período de estudo. No que tange ao sexo, os homens apresentaram maior mortalidade em relação às mulheres, principalmente em 2015, quando o número de mortes foi de 265 no sexo masculino e 241 no sexo feminino. Todavia, o ano de 2017 apresentou a menor taxa de mortes em ambos os sexos, com 1 óbito entre as mulheres e 5 entre os homens. Quanto à faixa etária, os mais acometidos foram aqueles com mais de 80 anos (577 óbitos), seguidos pelos indivíduos com idade entre 40 e 59 anos (504 mortes). Em adição, os pacientes menos afetados foram aqueles com idade inferior a 1 ano (9 óbitos). Acerca da raça, houve maior número de óbitos na cor branca (327 mortes em 2024), seguidos pelos pardos (com um montante de 303 mortes, sendo 80 apenas em 2024). As maiores mortalidades foram verificadas nos anos de 2015 e 2024, enquanto as menores em 2017 e 2018. Diante dos dados epidemiológicos acima, concluímos que deverão ser investidos, fomentos financeiros nas políticas públicas de prevenção da dengue, conscientizando a população a procurar atendimento precocemente a fim de evitar complicações e maiores custos para o governo. Ademais, deverão reforçar campanhas de vacinação em todo Brasil para que consigamos melhorar as estatísticas de óbitos.

Palavras Chave

dengue; Perfil epidemiológico; Arbovirose

Área

Eixo 08 | Arboviroses humanas e veterinárias

Prêmio Jovem Pesquisador

1.Concorrer na categoria - Graduado

Autores

Ana Claudia Rocha de Almeida Prado, Laura Morales Meirelles, Layaly Ayoub , Mariana Gianisella Ribeiro, Priscila Vitoria Pereira Santos , Nancy Cristina Grosso Zubieta, Guilherme Vieira Gonçalves, Clara Rodrigues