Dados do Trabalho
Título
Atividade antimicrobiana in vitro de extratos e frações de sete espécies de plantas da família Lauráceas coletadas na região Amazônica
Introdução
<p>A família Lauraceae, conhecida por suas propriedades farmacológicas e amplamente utilizada na medicina tradicional, representa uma fonte promissora para a investigação de novos antimicrobianos. As plantas desempenham um papel significativo na produção de medicamentos, contribuindo com mais de 25% dos tratamentos usados, especialmente no combate a doenças infecciosas. A biodiversidade da flora amazônica oferece uma rica variedade de plantas em estudo para o desenvolvimento de novos agentes antimicrobianos.</p>
Objetivo (s)
<p>O estudo propôs investigar o potencial antimicrobiano de 7 espécies da família Lauraceae coletada na região Amazônica: <em>Aniba ferrea</em>, <em>Aniba guianensis</em>, <em>Aniba panurensis</em>, <em>Aniba parviflora</em>, <em>Licaria cannella angustata</em>, <em>Licaria martiniana</em> e <em>Ocotea leucoxylum</em>.</p>
Material e Métodos
<p>Foram avaliados 13 extratos e 35 frações contra 13 cepas de bactérias Gram-positivas, 24 cepas de Gram-negativas e 1 cepa de <em>Candida albicans</em>. As atividades antibacterianas e antifúngicas foram analisadas por métodos de difusão de ágar, Concentração Inibitória Mínima (CIM) e ação bactericida e bacteriostática. A viabilidade e citotoxicidade, foram avaliadas utilizando a célula de fibroblastos de pulmão humano (MRC5).</p>
Resultados e Conclusão
<p>Os resultados mais promissores foram observados nos extratos e frações de <em>A. panurensis </em>frente as bactérias <em>Bacillus subtilis</em>, <em>Staphylococcus aureus</em>, <em>Staphylococcus aureus </em>resistente a meticilina (MRSA), <em>Staphylococcus simulans</em>, <em>Streptococcus agalactiae</em> e <em>Acinetobacter baumannii</em>, com halos de 15 a 20 e CIM ≤100 μg/mL. A fração de alcalóide em diclorometano (DCM) de A<em>. panurensis</em> apresentou resultados significativos. Frações dos galhos de <em>A. ferrea</em>, <em>O. leucoxylon</em> e <em>A. parviflora</em> também mostraram eficácia contra diversas cepas. Extratos dos galhos de <em>O. leucoxylon</em>, <em>L. martiniana</em> e <em>L. cannella</em>, demonstraram atividade contra <em>C. albicans</em>. Não foram observados efeitos citotóxicos nos extratos e frações de <em>A. ferrea</em> e <em>A. parviflora</em>. Apenas a fração metanólica dos galhos de <em>A. Guianensis</em> mostrou levemente tóxica a este tipo de célula, apresentando viabilidade de 63,7% e a fração de DCM dos galhos de <em>A. panurensis</em>, com a viabilidade de apenas 7,35%. As frações em DCM de folhas e galhos de <em>A. panurensis </em>exibiram atividade bacteriostática enquanto as de <em>A. ferrea</em> mostraram maior atividade em <em>S. aureus</em> e <em>O. leucoxylon</em> em <em>S. simulans</em>. Estes resultados destacam o potencial de <em>A. panurensis </em>como uma importante fonte de agentes antimicrobianos em comparação com outras espécies estudadas.</p>
Palavras Chave
Atividade antimicrobiana; Viabilidade; fungo; bactérias Gram-positivas; Amazônia.
Área
Eixo 18 | Resistência a antimicrobianos e novas abordagens não antibióticas
Prêmio Jovem Pesquisador
4.Não desejo concorrer
Autores
Ivanildes Santos Bastos, Fabio Alessandro Pieri, Emily Marcele Soares Silva, Ana Carolina Moura Xavier, Manuelle Cavalcante, Stefanie Costa Pinto Lopes, Emerson Silva Lima, Caroline Sousa Martins de Almeida, Valdir Florêncio Veiga, Patricia Puccinelli Orlandi