Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERFIL DE NOTIFICAÇÃO DOS CASOS DE SÍFILIS EM GESTANTES NO BRASIL

Introdução

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela pode se manifestar em diferentes estágios e apresentar uma variedade de sintomas, como lesões genitais até complicações graves em órgãos internos. Há ainda o risco de transmissão vertical podendo resultar em aborto, natimorto, prematuridade e complicações congênitas (Brasil, 2022). Diante disso a análise das notificações de sífilis na gestação no Brasil se mostra essencial para compreender a prevalência, distribuição geográfica, tendências temporais e possíveis ações de controle da doença.

Objetivo (s)

Analisar o perfil de casos notificados de sífilis na gestação no território brasileiros nos últimos cinco anos.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, com abordagem quantitativa sobre a análise do perfil de casos notificados de sífilis na gestação no território brasileiro nos últimos cinco anos. Os dados foram extraídos do sistema TabWin Net, com delimitação temporal de 2019 até 2023. 

Resultados e Conclusão

Os dados fornecidos revelam um panorama da sífilis na gestação no Brasil. No período em questão, foram notificados 324.683 casos de sífilis na gestação. A distribuição regional dos casos com 10,2% na região Norte, 21,4% no Nordeste, 45,6% no Sudeste, 14,5% no Sul e 8,1% no Centro-Oeste. Com relação ao ano de notificação, observa-se uma tendência ascendente até o ano de 2022: 19,9% em 2019, 20,3% em 2020, 23,1% em 2021, 25,5% em 2022 e 11% em 2023. Quanto à escolaridade, 24,1% das gestantes possuíam ensino médio completo, 15,7% ensino médio incompleto e 15,3% possuíam entre a 5ª e a 8ª série incompleta do Ensino Fundamental. A variável faixa etária, a maioria dos casos (75,4%) concentra-se entre 20 e 39 anos de idade. Por fim, a análise da classificação clínica dos casos revela uma predominância de sífilis latente (40,4%), seguida de sífilis primária (25,2%), chama atenção os casos classificados como "ignorados" (21,8%). Os dados apresentam um panorama delicado da sífilis no Brasil, visto a incidência de casos notificados ao longo dos anos, mas com a exceptiva de queda a partir de 2023, ressaltando a importância de estratégias de prevenção e controle adaptadas de cada região. A observação das variáveis escolaridade e faixa etária mostram a importância de abordagens sensíveis às disparidades sociais e culturais na formulação de estratégias de intervenção.

Palavras Chave

Sífilis; gestação; epidemiologia.