Dados do Trabalho


Título

Pesquisa de fungos potencialmente patogênicos em ambientes de um hospital de referência em cidade de médio porte de Minas Gerais

Introdução

Fungos são microrganismos com biodiversidade significativa, encontrados em diversos locais, incluindo hospitais. Alguns destes são patogênicos a humanos, principalmente para pacientes imunossuprimidos. O presente estudo é justificado pela necessidade de fornecer dados para orientar estratégias de controle de infecções fúngicas hospitalares, contribuindo para segurança de pacientes e profissionais de saúde.

Objetivo (s)

Isolar e identificar fungos potencialmente patogênicos em um hospital de referência em uma cidade de médio porte de Minas Gerais, avaliando sua prevalência em superfícies e no ar ambiente de diferentes alas hospitalares.

Material e Métodos

Durante 20 semanas, de abril a outubro de 2023, foram coletadas quatro amostras (maca, parede, esfigmomanômetro e ar ambiente) em três setores distintos (emergência, enfermaria e unidade de terapia intensiva - UTI). As amostras foram semeadas, inoculadas e processadas no Laboratório de Microbiologia da Faculdade de Medicina de Barbacena, utilizando os meios Ágar Sabouraud Dextrose e Ágar com Infusão Cérebro e Coração, totalizando 480 amostras. A classificação fúngica considerou aspectos macroscópicos e microscópicos das colônias. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o protocolo CAAE 65677422.5.0000.8307 e parecer número 5.831.523.

Resultados e Conclusão

A maioria das amostras analisadas apresentou crescimento fúngico (71,8%). A enfermaria registrou maior crescimento (75,6%), seguida pela emergência (73,1%) e UTI (66,8%). Dos 17 gêneros identificados, Aspergillus spp. foi o mais prevalente na enfermaria, emergência e UTI (51,2%, 52,5% e 45,6%, respectivamente), seguido por Penicillium spp. (21,7%, 11,2% e 11,8%, respectivamente). Entre os objetivos pesquisados, a maca apresentou o maior índice de crescimento (76,6%), seguida da parede (74,1%) e esfigmomanômetro (69,1%) enquanto o ar ambiente teve o menor crescimento (67,5%). Aspergillus spp. também foi o mais prevalente na maca, parede, esfigmomanômetro e ar (53,3%, 50%, 50% e 45,8%, respectivamente), seguido por Penicillium spp. (18,3%, 10,8%, 15% e 10%, respectivamente). O mês com maior prevalência fúngica foi setembro, e abril apresentou a maior diversidade. Os diferentes setores hospitalares não estão isentos de crescimento fúngico, representando um potencial ameaça para os pacientes, especialmente os imunocomprometidos. Protocolos adequados de controle de populações microbianas são necessários, considerando diferentes grupos de microrganismos nas superfícies dos ambientes hospitalares.

Palavras Chave

Contaminação; Fungos; Hospital; Interações entre Hospedeiro e Microrganismos

Área

Eixo 16 | Infecções relacionadas à assistência à saúde

Prêmio Jovem Pesquisador

1.Concorrer na categoria - Graduado

Autores

AMANDA RUSSO, MARIA FERNANDA MONTES, DANIEL LIMA, PEDRO HENRIQUE PUNGIRUM, TULIO GOMES, RENATO LABOISSIERE, CRISTINA BELLO