Dados do Trabalho


Título

Avaliação epidemiológica dos casos de geo-helmintos notificados no Estado do Pará por meio do SISPCE, no ano de 2023.

Introdução

As geo-helmintiases constituem um grupo de doenças parasitarias causadas pelo Ascaris lumbricoides (ASC), Trichuris trichiura (TT), Ancylostoma duodenale e Necator americanus (ANC) e Enterobius vermiculares (EV). A transmissão ocorre pela ingestão de ovos ou contato com larvas no solo. Na fase inicial, o paciente pode apresentar: febre, suor, fraqueza, palidez, náuseas e tosse. O Ministério da Saúde não possui um sistema de notificação próprio para o agravo e os portadores são identificados, em muitos casos, por meio de inquéritos do Programa de Controle da Esquistossomoses e estes resultados são notificados no Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE), tornando esta a principal fonte oficial de informações destas verminoses no Brasil.

Objetivo (s)

Determinar a incidência de geo-helmintos notificados pelo SISPCE, no Estado do Pará, no ano de 2023.

Material e Métodos

Avaliação  dos casos notificados de geo-helmintos no Estado do Pará através do SISPCE, dos municípios endêmicos para esquistossomose no Pará, no período de 01/01/2023 a 31/12/2023.

Resultados e Conclusão

No Brasil a prevalência de geo-hemintos é de 2 a 36% em municípios de baixo IDH. Dados do Inquérito Nacional de Prevalência da Esquistossomose mansoni e Geo-helmintíases (2010 – 2015), no qual foram examinados 197.564 escolares, resultaram em 5.192 casos diagnosticados de ancilostomíases 2,73%, 11.531 de ascaríase 6,00% e 10.654 de tricuríase 5,41%. A avaliação do SISPCE/PA revelou que no ano de 2023 dos 2.948 exames realizados 827 foram positivos: 4,6% de ancilostomíases, 6,68% de ascaríase, 16,41% de tricuríase e 0,4% de enterobíase. Em 2001, a 54ª Assembléia Mundial de Saúde aprovou a resolução WHA54.19 e instou os países membros endêmicos, entre eles o Brasil, a realizarem intervenções para o controle das geo-helmintiases com o tratamento coletivo em crianças de 05 a 14 anos cujos inquéritos coproscópicos apontem prevalência acima de 20%. Pela análise dos dados  conclui-se que no Estado do Pará, a prevalência observada de 28% sugerindo medidas de controle coletivo.

Palavras Chave

geo-helmintos; Epidemiologia; SISPCE.

Área

Eixo 07 | 5.Helmintíases humanas e veterinárias - Parasitoses intestinais

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

ANTONILDE MARCELINA ARRUDA DE SÁ, PATRICIA CUNHA NASCIMENTO, ROBERTA MAUES DA SILVA, BÁRBARA ARETHA CARNEIRO ALMEIDA