Dados do Trabalho


Título

Prevalência de Aedes albopcitus em localidade com surto de Dengue no município do Marajó estado do Pará, 2024.

Introdução

Arboviroses são doenças causadas pelos chamados arbovírus, que incluem o vírus da dengue, Zika vírus, febre chikungunya e febre amarela. A dengue é transmitida aos humanos pela picada da fêmea de Aedes aegypti infectadas.

Objetivo (s)

Verificar a dispersão do Aedes no municipio; estratificar a zona urbana do território em áreas de risco entomo-epidemiológico; e verificar a espécie predominante na localidade que teve o surto de Dengue.

Material e Métodos

Foi realizado um levantamento entomológico com uso de armadilhas do tipo ovitrampas no município de Bagre-Marajó-Pará, sendo motivado por um surto de dengue que aconteceu em uma localidade da zona rural, comprovado laboratorialmente por sorologia no LACEN. As armadilhas foram instaladas em locais onde pelas características biológicas do vetor haveria oviposição (peridomicílio). Foram distribuídas 100 armadilhas no município, que apresenta 8 bairros, totalizando 110 quarteirões distribuídos em zona urbana. Já na zona rural, localidade Balieiro, foram instaladas 24 armadilhas.

Resultados e Conclusão

No perímetro urbano apenas 2 armadilhas foram negativas apresentando uma positividade de 75% dos bairros com o Índice de Positividade de Ovitrampas (IPO) de 24,5% mostrando uma distribuição não homogenia de 828 ovos, pois o Número Médio de Ovos (NMO) nas 110 armadilhas foi de 7,52 enquanto o Índice de Densidade de Ovos (IDO) foi bem acima da média  atingindo 30,6 onde tal situação demostra que existe algo no ambiente que está interferindo positivamente na proliferação do vetor em determinadas áreas em um mesmo bairro. Na zona rural obteve-se um total de 312 ovos com um percentual de 92% de eclosão dos ovos sendo 287 larvas do espécime Aedes albopictus, com o IPO de 50%, NMO de 13 ovos e IDO 26. Foram realizadas também coletas de espécies adultos por atração humana protegida e esclarecida, onde obteve-se 17 exemplares de exemplares de Aedes albopictus e nenhum de Aedes aegypti. Para incriminar um vetor como responsável pela transmissão de qualquer doença metaxênica é preconizado pelo protocolo o isolamento do patógeno  albergando naturalmente no vetor em ambiente de ocorrência de surto ou epidemias com um forte tropismo intrínseco no contato homem-vetor, ou seja, mesmo com a densidade alta da espécime Aedes albopictus não pode-se afirmar que seja ele o responsável pela transmissão da dengue em Balieiro, procedimento de isolamento viral nos vetores alados, que deveriam ser coletados no momento do surto subsidiariam resultados de incriminação da espécie como vetora. 

Palavras Chave

dengue; Marajó; Aedes albopictus; Aedes aegypti

Área

Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

BÁRBARA ARETHA CARNEIRO ALMEIDA, ARNALDO DA SILVA FAYAL, ADRIANA SOUSA TAPAJÓS