Dados do Trabalho


Título

Perfil clínico-epidemiológica e autocorrelação espacial dos casos de COVID-19 no estado do Maranhão

Introdução

 Considerando o contexto local de ocorrência da pandemia da COVID-19 e o impacto em países em desenvolvimento, acentuado pela ocorrência de outras doenças infecciosas que competem pela escassez de recursos de saúde, além das condições socioeconômicas, de habitação e de acesso à infraestrutura precárias que contribuem para ampliar a vulnerabilidade socioespacial de contaminação,  demandam-se investigações sobre a sua ocorrência para direcionamento de medidas específicas para as diferentes porções do território.

Objetivo (s)

Caracterizar o perfil clínico-epidemiológico e a identificar a autocorrelação espacial da COVID-19 no estado do Maranhão.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo e ecológico, que considerou como unidades ecológicas de análise os municípios do estado e  todos os casos novos de COVID-19, registrados no  Sistema de Notificação  entre março de 2020 e janeiro de 2022. As variáveis clínico-epidemiológicas foram analisadas por meio da estatística descritiva. Determinaram-se as taxas de incidência padronizadas pela idade por municípios do estado e a autocorrelação espacial foi verificada por meio dos índices de Moran global e local, sendo dividida em três períodos: primeira onda (março a outubro de 2020), segunda onda (novembro de 2020 a agosto de 2021), e pós segunda onda (setembro de 2021 a janeiro de 2022) divididas por meio da análise dos gráficos de monitoramento dos casos de COVID-19. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão, pelo parecer nº 4.227.396.

Resultados e Conclusão

Foram registrados 386.567 casos, dos quais a maioria era do sexo feminino, raça/cor parda, idade de 30 a 39 anos, com critério de diagnóstico laboratorial, realizado em laboratório público, sem comorbidade e que não evoluíram para óbito. Observou-se autocorrelação espacial positiva das taxas de incidência na primeira e segunda onda da doença (primeira onda:  0,306p-valor 0,001; segunda onda :  0,216, p-valor 0,001), sendo identificados clusters de alto risco, estatisticamente significantes, principalmente na região centro-sul do estado (primeira onda 21 clusters; segunda onda 22 clusters).  O perfil epidemiológico e clínico da COVID-19 foi de sexo feminino, raça/cor parda, idade de 30 a 39 anos, com diagnóstico laboratorial em ambito público. O padrão de associação espacial  ocorreu em dois períodos (primeira e segunda onda) que evidencia as disparidades de saúde e desigualdades sociais no estado do Maranhão.  

Palavras Chave

COVID-19; Incidência; Epidemiologia; análise espacial; sistemas de informação geográfica

Área

Eixo 09 | COVID-19 humanas e veterinárias

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

Janiel Conceição da Silva, Giana Gislanne da Silva de Sousa, Rayanne Alves de Oliveira, Lívia Fernanda Siqueira Santos, Isaura Letícia Tavares Palmeira Rolim Rolim, Lívia Maia Pascoal, Janaina Miranda Bezerra, Floriacy Stabnow Santos, Ana Cristina Pereira de Jesus Costa, Mellina Yamamura, Marcelino Santos Neto