Dados do Trabalho

Título

Avaliação epidemiológica dos acidentes por animais peçonhentos em cidades do Noroeste Paulista

Introdução

Os animais peçonhentos são caracterizados por possuírem glândulas que secretam veneno. No Brasil algumas espécies são consideradas de interesse público, devido a capacidade de proliferação em meios urbanos e a magnitude dos acidentes que provocam, podendo gerar sequelas temporárias ou permanentes em humanos. As mais importantes na epidemiologia são serpentes dos gêneros Bothrops, Bothrocophias, Crotalus, Lachesis, Micrurus e Leptomicrurus; espécies de escorpiões do gênero Tityus; aranhas dos gêneros Loxosceles, Phoneutria e Latrodectus e lagartas do gênero Lonomia. No período entre 2010 a 2013, foram notificados no SINAN (Sistemas de Informação de Agravos de Notificação) cerca de 500 mil acidentes provocados por animais peçonhentos no Brasil.  Diante disso, é necessário realizar a orientação da população para prevenção de acidentes, capacitação de profissionais de saúde para o diagnóstico precoce e tratamento correto das vítimas.

Objetivo (s)

Observar a epidemiologia dos acidentes por animais peçonhentos no Noroeste Paulista e avaliar a população atingida com maior frequência.

Material e Métodos

Foram utilizados dados fornecidos pelo CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) e analisada a frequência da distribuição das variáveis sócio-demográficas, como número de casos notificados e sexo.

Resultados e Conclusão

Foram verificados 406 (19%) casos de acidentes por animais peçonhentos em 2020, 417 (19,5%) em 2021, 603 (28,2%) em 2022 e 711 (33,3%) em 2023. Os resultados obtidos evidenciam uma diminuição do número de notificações correspondentes à época da pandemia de COVID-19, provavelmente devido à permanência das pessoas nos domicílios e a subnotificação dos casos. De acordo com as espécies, os acidentes por escorpiões tiveram mais evidência, visto que em 2020 foram notificados 384 e em 2023 os números subiram para 679. O sexo masculino foi o mais atingido, totalizando 1145 acidentes (53,6%) em relação ao sexo feminino, onde foram notificados 992 casos (46,4%). Posto isso, são necessárias ações de saúde pública voltadas para a prevenção desses acidentes, assim como capacitação dos profissionais de saúde para realizarem o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

Palavras Chave

Animais Peçonhentos; Perfil epidemiológico; Epidemiologia