Dados do Trabalho


Título

Série temporal e distribuição espacial das notificações de sífilis gestacional e congênita em Mato Grosso do Sul: 2013-2022

Introdução

A Sífilis, uma doença infectocontagiosa crônica causada pelo Treponema pallidum, representa uma ameaça significativa à saúde global. Entre as complicações mais sérias, destaca-se a sífilis gestacional (SG), na qual gestantes não tratadas adequadamente podem transmitir o Treponema pallidum ao feto, seja via transplacentária ou durante o parto. Esta transmissão aumenta substancialmente o risco de prematuridade, óbito fetal, morte neonatal e sífilis congênita.

Objetivo (s)

Analisar uma série temporal e a distribuição espacial das notificações de sífilis gestacional e congênita em Mato Grosso do Sul.

Material e Métodos

Estudo ecológico de série temporal dos casos notificados de SG e SC no Sinan, no período de 2013 a 2022, considerando-se como unidade de análise o estado de Mato Grosso do Sul. Os dados dos casos de SG e SC foram coletados via Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) e tabulados pelo TABNET.  Os parâmetros examinados consistiram nas taxas de incidência de Sífilis Gestacional (SG) e Sífilis Congênita (SC). Para a análise, optou-se em apresentar em dois quinquênio (2013-17 e 2018-22). Para a construção dos mapas, utilizou-se a ferramenta ©Microsoft OpenStreetMap.

Resultados e Conclusão

No estado de Mato Grosso do Sul, durante o intervalo de 2013 a 2022, foram registrados 12.082 casos de Sífilis Gestacional (SG) e 2.997 casos de Sífilis Congênita (SC). A maioria das gestantes diagnosticadas com sífilis (72%)  tinha entre 20 e 39 anos. A taxa de detecção de SG em MS superou a média do Centro-Oeste 2013-2021, apresentando seu pico máximo em 2018 (36,9/100 mil NV). As taxas no centro oeste aumentou ao longo dos anos, igualando-se ao do estado de MS apenas em 2022. Para SC, houve aumento e depois queda, ficando abaixo da média regional em 2022. Traçando um perfil clínico da SC no estado, observamos que nos anos de 2013-17, 54,18% das gestantes foram diagnosticadas no pré-natal, já em 2018-2022  houve redução para 45,28%, Embora a detecção precoce no pré-natal seja alta, o tratamento inadequado ou ausente é preocupante.  Sabendo que Mato Grosso do Sul tem ampla triagem pré-natal, o estudo aponta para uma fragilidade na qualidade da prescrição do tratamento ou adesão das gestantes ao mesmo, sendo assim, as ações de intervenção podem ser planejadas levando em conta esses dados.      

Palavras Chave

Sífilis Congênita; Sífilis Gestacional; epidemiologia espacial

Área

Eixo 19 | Outros

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

Rafaela Preissler Vicensi, Marcia Janini Dal Fabro, Maria Auxiliadora Budib, Ana Carolina Alvarenga, Ana Paula Proti, Vânia Paula Stolte Rodrigues, Everton Ferreira Lemos