Dados do Trabalho


Título

Análise da cobertura vacinal infantil a partir de um inquérito domiciliar em Campo Grande, Mato Grosso do Sul

Introdução

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) tem como objetivo principal oferecer todas as vacinas com qualidade a todas as crianças que nascem anualmente em nosso país. Até a primeira década dos anos 2000, o PNI foi exitoso no controle de algumas doenças. Contudo, nos últimos anos, tem-se observado o aumento de casos e a reemergência de algumas doenças, como o sarampo, poliomielite, rubéola, difteria e febre amarela. Em 2023, mais de 60% dos municípios não atingiram a meta de cobertura vacinal de 95% para as vacinas que são administradas no primeiro ano de vida. Estima-se ainda que a pandemia de COVID-19 tenha agravado essa situação.

Objetivo (s)

Diante desse cenário, o estudo teve o objetivo de analisar a cobertura vacinal infantil em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, a partir de um inquérito domiciliar realizado em 2023 que visitou 467 domicílios.

Material e Métodos

A coleta de dados primários se deu por meio de um questionário com questões sobre perfil sociodemográfico e verificação dos registros vacinais contidos na Carteira de Vacinação Infantil de crianças de 0 a 10 anos. Para analisar o status vacinal de cada criança, foi realizada a conferência individual das vacinas, de acordo com a data de nascimento e calendário vacinal vigente: Tríplice Viral, VIP, VOP, Tetraviral, Tetravalente, Tríplice Bacteriana (DTP), Pentavalente, Febre Amarela, Influenza e Covid-19.

Resultados e Conclusão

Foram coletadas informações de 61 carteiras de vacinação infantil. A média de idade desse grupo foi de 5,5 anos. Das 61 crianças, 24 (39,3%) estavam imunizadas para todas as doenças citadas, com exceção da influenza e da COVID-19. A vacina de febre amarela teve a menor taxa de cobertura, com 26 (42,6%) crianças sem registro da dose, enquanto as vacinas VOP (95,0%), VIP (93,4%) e DTP (86,8%) apresentaram a maior cobertura vacinal. A vacina da influenza apresentou média de 2,7 doses, e 40 (65,5%) crianças foram imunizadas com pelo menos uma dose. Para COVID-19, apenas 2 crianças de 8 e 9 anos foram vacinadas. Apesar de uma amostra limitada, as crianças do estudo deveriam possuir a carteira de vacinação completa a fim de assegurar que estão seguras e imunizadas contra doenças imunopreviníveis, o estudo acendeu uma preocupação em relação à vacinação contra COVID-19.

Palavras Chave

Cobertura Vacinal; Inquéritos e questionários; vacinação.

Área

Eixo 15 | Vacinas e imunizações

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

Lisany Krug Mareto, Ana Isabel do Nasicmento, Sara Raquel Pinto Borges, Robson França Gomes e Silva, Rodrigo Mayer Pucci, João Guilherme de Novaes Corrêa, João Vitor Barrio, Maria Eduarda de Souza Rodrigues, Cláudia Du Bocage Santos-Pinto, Everton Falcão de Oliveira