Dados do Trabalho


Título

PASSADO, PRESENTE E PROJEÇÕES: MALÁRIA NA AMAZÔNIA LEGAL

Introdução

A malária representa um problema de saúde pública contundente no Brasil, pois o país concentra o maior número de casos na América do Sul, onde 99% dos casos se concentram na área descrita por Amazônia Legal, que representa 51% do território. A endemia apresenta características com forte influência diante a dinâmica socioambiental.

Objetivo (s)

Analisar o comportamento da malária nos estados da Amazônia Legal entre passado, presente e a projeção da endemia para o futuro a partir do Índice Parasitário Anual (IPA).

Material e Métodos

Estudo quantitativo de caráter descritivo, a partir de dados secundários, de malária, provenientes do período de 1990 a 1995 – Sistema de Informação Série Histórica de Malária (SHM). De 1996 a 2002 - Sistema de Informação do Programa Nacional de Controle da Malária (SISMAL). De 2003 a 2023 - Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica - Malária (Sivep-Malária). O estudo foi realizado a partir de um recorte no qual foram analisados dados de 1990 a 2012, e sua projeção para 2016 a 2035. Nesse sentido, foram analisados os dados de 2016 a 2023 para verificação da projeção no presente. Para o estudo foram considerados os 5 estados de maior incidência sendo estes: RR, PA, AP, AM e RO.

Resultados e Conclusão

Os dados de incidência parasitária anual (IPA) observados e projetados para Roraima, Rondônia, Amapá e Pará mostram comportamentos distintos. Em Roraima, o IPA caiu de 2002 a 2012 comparado a 1990-2000. As projeções indicavam aumento desde 2016, com picos em 2017 e 2023, e queda em 2019. Observou-se aumento em 2016, pico em 2018, queda em 2019 e nova alta até 2023. Em Rondônia, o IPA diminuiu entre 1990 e 2012, com previsões bem alinhadas as projeções, que indicavam aumento desde 2017, pico em 2018 e declínio desde 2021, o que se confirmou com variações até 2021 e queda em 2022. No Amapá, picos entre 1996 e 2000 e redução entre 2006 e 2012 foram seguidos por previsões de leve aumento em 2019. Na prática, o IPA subiu em 2017, caindo e variando a partir de 2020. No Pará, altas em 1995, 1999 e 2000 foram seguidas de redução entre 2004 e 2012. Projeções indicavam aumentos em 2016 e 2022 e quedas entre 2019 e 2021, parcialmente confirmadas com aumento em 2016, pico em 2018 e variações depois. As projeções foram importantes sinalizadoras do perfil de comportamento da incidência de malária nos Estados, predominando concordância entre a projeção e os dados reais. 

Palavras Chave

malária; Ecossistema Amazônico; Doenças endêmicas

Área

Eixo 06 | 3.Protozooses humanas e veterinárias - Malária

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

Thamyles Da Silva Dias, Naiara Gabrielly Costa Freire, Gabriela Melo De Maria, Andressa Tavares Parente, Nádile Juliane Costa de Castro, Hardiney Dos Santos Martins, Marie Gesna Damefils, Jéssica Habr Tavares, Maria Eduarda Libório Martins, Maria Luiza Maués de Sena, Ana Júlia Bezerra Nobre