Dados do Trabalho

Título

PESQUISA DE VÍRUS RESPIRATÓRIOS NÃO-SARS-COV-2 EM AMOSTRAS PROCEDENTES DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM, PARÁ, BRASIL DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

Introdução

Após o surgimento da pandemia da COVID-19, houve um considerável aumento na demanda de amostras encaminhadas pela Rede Laboratorial de Vigilância das Síndromes Respiratórias ao Instituto Evandro Chagas/MS, um dos laboratórios de referência para diagnóstico e genotipagem de SARS-Cov-2. Devido a essa demanda, várias amostras não foram testadas para outros vírus respiratórios, deixando a vigilância epidemiológica com pouco ou nenhum registro dos demais agentes circulantes. Portanto, há a necessidade de estudos retroativos que enfoquem outros patógenos circulantes à época, de forma a complementar os dados da vigilância das SRs.

Objetivo (s)

Este estudo teve como objetivo investigar a ocorrência de vírus respiratórios não-SARS-Cov-2 na RM de Belém, Pará, durante o segundo e terceiro anos da pandemia da COVID-19, priorizando a análise do perfil sazonal de cada vírus e a incidência por grupos etários.

Material e Métodos

Para este estudo foram selecionadas amostras de secreção nasal coletadas no período de janeiro/2021 a dezembro/2022, pertencentes a Rede Laboratorial de Vigilância das SRs, e que testaram negativas para a pesquisa de SARS-Cov-2. O material genético foi obtido por meio do kit comercial QIAamp® Viral RNA/DNA Mini Kit (Quiagen) e em seguida submetido a reação em cadeia da polimerase em tempo real quantitativa para identificação de adenovírus (AdV), metapneumovírus humano (HMPV), rinovírus humano (HRV), vírus sincicial respiratório (VSR), influenza A (FluA) e B (FluB) e dos coronavírus humano (HCoV) 229E, HKU1, NL63 e OC43.

Resultados e Conclusão

Foi detectada maior frequência de vírus respiratórios não SARS-Cov-2 no grupo etário de 0-9 anos, sendo o rinovírus o mais prevalente durante os anos observados. Observou-se um aumento nos casos de influenza entre os períodos de dezembro/2021 a janeiro/2022, embora nenhum caso tenha sido detectado em janeiro de 2021. Os resultados mostram que, apesar da sazonalidade já bem destacada para alguns vírus, podem ocorrer mudanças no padrão epidemiológico ao longo dos anos, reforçando a importância da vigilância constante das SRs.

Palavras Chave

Síndromes Respiratórias; Vigilância Epidemiológica; Influenza.