Dados do Trabalho

Título

Estudo sobre a Frequência de Parasitos Intestinais e seus Vínculos com Fatores Socioambientais em Comunidades Ribeirinhas ao Longo do Baixo Rio Madeira, na Região de Humaitá (AM), na Amazônia Ocidental

Introdução

Introdução: As populações ribeirinhas da Amazônia enfrentam consideráveis desafios para acessar serviços de saúde devido a sua localização remota e a falta de infraestrutura adequada. Muitas dessas comunidades estão localizadas em áreas de difícil acesso e com poucas vias de transporte disponíveis. Como resultado, o acesso a hospitais, clínicas e profissionais de saúde é limitado, tornando difícil para os ribeirinhos receberem atendimento médico oportuno e de qualidade. Sem infraestrutura adequada de coleta e tratamento de resíduos, muitas vezes os detritos são descartados diretamente nos rios ou em áreas próximas às comunidades, aumentando o risco de contaminação e proliferação de doenças, se fazendo necessária a investigação de doenças parasitárias intestinais nessa população. 

Objetivo (s)

Objetivo: Investigar e avaliar a frequência de parasitos intestinais nas populações ribeirinhas de 3 comunidades do baixo madeira município de HumaitáAM (Espírito Santo, Carará e Criolo), para discutir a relação destes com aspectos socioambientais.

Material e Métodos

Metodologia: Foram coletadas 66 amostras de material fecal, incluindo amostras de adultos e crianças de ambos os sexos, dentre uma população de 221 pessoas. As amostras foram analisadas através do método de Hoffman, Pons e Janer em triplicata. O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob o CAAE 70903026.6.0000.5467

Resultados e Conclusão

Resultado: Das 66 amostras, 43 (65,15%) se apresentaram positivas para algum parasito, e destas 33 (50%) foram positivas para mais de um tipo de parasito. Com maior frequência de Endolimax nana (45,45%), Entamoeba hitolytica/E. díspar (22,73%), Ancilostomídeos (21,21%), Giardia intestianlis (16,67%) e Entamoeba coli (13,64%), Iodamoeba butsclii (12,12%), Blastocystis hominis (7,58%) e Ascaris lumbricoides (7,58%). Conclusão: Os altos índices de parasitoses intestinais evidenciam a urgente necessidade de melhorias na infraestrutura de saneamento e acesso a serviços de saúde dessa população. A contaminação ambiental e a falta de tratamento adequado da água são fatores críticos. Intervenções em saneamento básico e educação em saúde são essenciais para reduzir a carga parasitária e melhorar a qualidade de vida dessas populações.

Palavras Chave

População Ribeirinha.; Parasitoses Intestinais; Amazonas.; Saneamento básico.