Dados do Trabalho

Título

Esporotricose Felina e Transmissão Zoonótica na cidade de Maceió

Objetivos(s)

Descrever as manifestações clínicas da Esporotricose em um felino e sua transmissão para o humano, destacando a necessidade de manejo adequado para prevenir a propagação da doença

Relato do Caso

Foi atendido um felino chamado "Gatuxo", de idade e raça não especificadas, no mês de maio de 2024, apresentando lesões ulcerativas sugestivas de Esporotricose. A tutora do animal havia iniciado, por conta própria, um tratamento com Itraconazol, administrando 2 cápsulas de 100 mg a cada 24 horas durante 150 dias. Até então, o médico veterinário apenas recomendou seguir o protocolo que a tutora já estava utilizando. Além disso, foi orientado a adicionar água morna no local da lesão. O diagnóstico de Esporotricose felina foi confirmado após exames de citologia e isolamento microbiano. O animal foi inicialmente tratado com Itraconazol na dose de 5 mg/kg BID. Contudo, devido à progressão da doença, a dosagem foi ajustada para 100 mg SID. O tratamento adicional incluiu cetoconazol spray 2% BID e produtos de skincare para hidratação da pele. Apesar das intervenções, o felino apresentou perda de peso progressiva, sendo internado para tratamento de micoplasmose e nutrição intensiva, mas veio a óbito. A transmissão zoonótica foi confirmada após a tutora do animal desenvolver lesões cutâneas na mão. Após observar as lesões sugestivas de Esporotricose no animal, a veterinária sugeriu que a tutora procurasse atendimento médico especializado para um diagnóstico preciso. No serviço de atendimento médico humano, foi prescrito para a tutora o uso de Itraconazol 100 mg, 2 cápsulas a cada 24 horas durante 150 dias. A tutora ainda permanece em tratamento  

Conclusão

 Este caso ilustra os desafios associados ao diagnóstico e tratamento da Esporotricose e a importância da vigilância médica para prevenir a transmissão zoonótica. Os resultados reforçam a necessidade de protocolos de tratamento, especialmente em cenários de transmissão interespécies, e destacam a importância da educação contínua dos profissionais de saúde sobre zoonoses.