Dados do Trabalho

Título

CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO DA RAIVA HUMANA E ANIMAL NO ESTADO DE PERNAMBUCO (2013 A 2022)

Introdução

A raiva é uma doença viral aguda causada pelo Vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae, provocando quadros de encefalite aguda e progressiva. Trata-se de uma antropozoonose com taxa de letalidade próxima a 100% e de alta relevância para a saúde pública.

Objetivo (s)

O objetivo deste trabalho é descrever os casos de raiva humana e animal notificados em Pernambuco, no período de 2013 a 2022.

Material e Métodos

Estudo epidemiológico descritivo pautado em consultas ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e o Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) de exames realizados em animais.

Resultados e Conclusão

No período analisado foram notificados 128 casos de raiva humana e animal, destes 22 (17,2%) ocorreram em cães e gatos, 105 em animais silvestres (82,0%) e apenas um caso em humano (0,8%). Dentre os casos em animais silvestres, destacaram-se os que ocorreram em morcegos 47 (44,8%). Os casos em cães e gatos ocorreram em sua maioria na IX Regional de Saúde Pernambuco teve média de 74,7%. Após analise dos dados de raiva em cães e gatos, em comparação com os casos em animais silvestres, observa-se nitidamente um declínio nos casos em animais domésticos e uma elevação significativa nos casos de raiva por silvestres. Destacando-se um número importante em morcegos; tanto hematófagos como não hematógafos. Fazendo uma avaliação das variantes envolvidas nos casos, observa-se um transbordamento em algumas espécies, a exemplo da variante de raposas em cães e da variante de morcegos em gatos. Em relação à raiva humana, o ultimo caso registrado foi em 2017 no município de Recife provocado por agressão de um felino, cuja variante foi de morcego. Diante ao exposto, fica claro que no estado de Pernambuco a situação epidemiológica não difere dos demais estados da Região Nordeste. Políticas de educação em saúde junto às comunidades rurais e urbanas devem ser implementadas, uma vez que ainda não se realiza no Brasil vacinação de animais silvestres.

Palavras Chave

vacina antirrábica; Vigilância Epidemiológica; Saúde Pública.