Dados do Trabalho
Título
EXPANSÃO DA ESPOROTRICOSE ANIMAL EM PERNAMBUCO
Introdução
A esporotricose é uma zoonose emergente causada pelo fungo Sporothix schenckii e no Brasil a espécie mais encontrada é a S. brasiliensis. A transmissão dar-se através da inoculação do fungo na pele lesionada por espinhos, arranhões e mordidas de animais infectados. Na forma zoonótica, os felinos infectados são os principais transmissores. Apresentam importância na transmissão ao ser humano e na manutenção do fungo no ambiente, enquanto que outras espécies animais, a exemplo dos caninos, embora adoeçam, não desempenham um papel importante na disseminação e transmissão da doença.
Objetivo (s)
Objetivou-se descrever a expansão da esporotricose animal em Pernambuco, entre os anos de 2016 e 2022.
Material e Métodos
Estudo epidemiológico descritivo pautado na base de dados do Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) de exames realizados em animais. Como variáveis foram considerados aspectos epidemiológicos como espécie, sexo, localização das lesões e município de residência do tutor do animal. A base de dados foi criada utilizando-se o software Microsoft Excel® para gerenciar os dados, organizar, produzir tabelas e gráficos para subsidiar a análise proposta.
Resultados e Conclusão
No período de 2016 a 2022 foram solicitados 2.386 exames de esporotricose animal em Pernambuco. O ano com mais solicitações foi o de 2019 com 605 solicitações, sendo que destas 287 (47,4%) foram positivas. Dos casos animais notificados, 1244 foram confirmados laboratorialmente (positividade de 52,1%). Foram realizados 2.363 (99%) exames em felinos e 23 (1%) em caninos. Os casos confirmados estão concentrados na I Regional de Saúde, sendo os municípios com maior ocorrência, Olinda (39,6%) e Jaboatão dos Guararapes (33,1%), seguidos de Recife (7,3%), Vitória de Santo Antão (5,5%), Paulista (4,5%), Camaragibe (4,1%), Ilha de Itamaracá (1,5%), Abreu e Lima (1,2%), Igarassu (0,6%) e Araçoiaba e Cabo de Santo Agostinho ambos com 0,2% dos casos. Os dados revelam a importância do agravo, embora a infecção demonstre-se pouco letal, aponta-se a necessidade de vigilância em saúde e adequada às necessidades dessa população. Por ser um agravo de potencial infecção zoonótica, com destaque para os felinos, em especial os gatos, como principal agente transmissor, sugere-se políticas públicas voltadas à implementação de programas de controle populacional.
Palavras Chave
Esporotricose; Vigilância Epidemiológica; Saúde Pública
Área
Eixo 12 | 1.Micoses humanas e veterinárias - Esporotricose
Prêmio Jovem Pesquisador
2.Concorrer na categoria - Mestrado
Autores
Nathália Alves Castro do Amaral, Giselle Ramos da Silva, Francisco Duarte Farias Bezerra, Raylene Medeiros Ferreira Costa, Silvana Gomes Leal, Dayane Santos Peixoto, Thália Soares da Silva, Eduardo Augusto Duque Bezerra, Ana Márcia Drechsler Rio