Dados do Trabalho


Título

CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E DE CONTROLE PARA OS CASOS DE ESQUISTOSSOMOSE MANSONI NO ESTADO DE PERNAMBUCO, BRASIL: UM ESTUDO DESCRITIVO, 2019 A 2023

Introdução

A esquistossomose mansoni é uma infecção parasitária prevalente em áreas tropicais e subtropicais, diretamente associada ao questões de saneamento inadequado. Dada a magnitude dos casos, severidade e evolução, é considerada um problema de saúde pública no Brasil, apresentando-se de forma endêmica no estado de Pernambuco. 

Objetivo (s)

O estudo objetivou retratar os aspectos epidemiológico e de controle da infecção pelo Schistosoma mansoni no estado de Pernambuco. 

Material e Métodos

Trata-se de um estudo transversal descritivo com dados extraídos do Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE) referentes as áreas endêmicas, que incluem 101 municípios distribuídos em seis regionais de saúde, no período de 2019 a 2023. Com base nas programações de exames coproscópicos e na ficha do formulário-padrão do PCE – nº 101, realizou-se uma análise descritiva do evento relacionado ao número de exames, positividade e cobertura de tratamento. Os dados foram tabulados no Tabwin e trabalhados no software Excel Microsoft Office 365, sendo sumarizados em frequências e percentuais.

Resultados e Conclusão

Durante o período proposto, 407 municípios (média anual de 81,4 e ± 11,8) desenvolveram atividades de busca-ativa para a doença, totalizando 535.305 mil exames (média anual de 107.061 exames). Em 2019, observou-se a maior adesão de municípios, com 96% trabalhados, seguido de 2023 com 84,2%, 2022 com 83,2% e 2021 75,2%. Por outro lado, o ano 2020 obteve a menor adesão, com apenas 65 64,4%. A positividade média para S. mansoni entre os exames realizados foi de 1,98% ± 0,002, sendo o maior percentual em 2021(2,14 %), seguido por 2020 (1,64%). Quanto à cobertura de tratamento média anual foi de 71,8% e ± 10,2%, destacando-se 2023 que obteve a melhor cobertura (87,7%), seguido 2020 (81,6%), enquanto 2021 obteve a menor cobertura (57,5%). O estudo indica que transmissão da doença permanece ativa no estado. Houve identificação de casos positivos em todos os anos, sugerindo a persistência da exposição as condições de exposição à água ou ao solo contaminados. Decorre disso, ressaltar a importância da adesão municipal para o desenvolvimento e fortalecimento das atividades de vigilância-ativa. A boa cobertura do tratamento pode estar relacionada à atuação da atenção primária à saúde.

Palavras Chave

Esquistossomose mansoni; Determinantes Sociais da Saúde; Vigilância em Saúde Pública

Área

Eixo 07 | 3.Helmintíases humanas e veterinárias - Esquistossomose

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

Mariana Luiza do Nascimento Silva, André Souza dos Santos, Carlos Alberto Batista Vieira, Ednaldo Carvalho Silva, José Holanda dos Santos Neto, Melissa de Athayde Nunes Cabral, Mônica Cristina de Sousa Cunha, Vânia Glaucinele da Silva Benigno, Ana Márcia Drechsler Rio, Eduardo Augusto Duque Bezerra