Dados do Trabalho
Título
Monitoramento por ovitrampas e a utilização da ferramenta conta-ovos como estratégia de controle para o Aedes aegypti: Um relato de experiência
Introdução
O controle da transmissão da Dengue, apresenta alta complexidade e um dinamismo que considera variáveis ambientais, biológicas e sociais que estão relacionadas à proliferação do mosquito Aedes aegypti, importante problema de saúde pública. De acordo com os dados do SINAN-online, a capital Macapá, apresentou em 2024, um total de 1.524 casos confirmados de dengue. Diante dessa problemática, diferentes ferramentas vêm sendo incorporadas ao serviço para identificar áreas de risco e direcionar as estratégias de controle do mosquito. Dentre elas, o monitoramento por ovitrampas com geo-espacialização, associada às ações de rotina tem apresentado resultado satisfatório, pois servem para verificar a presença e a abundância de Aedes em áreas sob vigilância.
Objetivo (s)
Relatar a experiência do monitoramento da infestação do Aedes aegypti por ovitrampas, utilizando a estratégia do sistema conta ovos em alguns bairros do município de Macapá.
Material e Métodos
O resultado geral do 1º ciclo do LIRAa 2024, foi Médio Risco, a escolha da área foi de acordo com os que apresentaram alto índice de infestação predial IIP. Sendo os bairros monitorados Cabralzinho, Marabaixo I, II, III e IV (0° 2' 28.3776'' N, 51° 7' 59.9232'' W) localizados na zona oeste do município de Macapá, Amapá. Foram cadastrados 42 pontos a partir dos quadrantes pré-estabelecidos pelo sistema Conta Ovos, com distância de 300 metros entre as ovitrampas, no período de 05 a 06 dias. O período de amostragem se deu nas semanas epidemiológicas 17, no mês de abril e 21, mês de maio. Após o recolhimento das armadilhas, as paletas passaram por secagem, se fez a contagem dos ovos e inserção dos dados no Sistema, o qual gerou um mapa de calor com as zonas de maior densidade de ovos. Em seguida esses endereços foram listados e repassados para as equipes dos bairros cadastrados.
Resultados e Conclusão
Na primeira semana de amostragem, em 41 das 42 ovitrampas instaladas, foram coletados 2227 ovos, uma das armadilhas foi perdida. O IPO foi de 61%, o IDO 85, e o IMO, 53. Para a segunda semana, foram coletados 2012 ovos das 42 armadilhas instaladas. O IPO foi de 80% o IDO, 59 e o IMO, 48. De uma amostragem para a outra, notou-se a redução de paletas contendo mais de 100 ovos, que na primeira semana foram 09 e para a segunda semana foram 06. Para a primeira semana as áreas com armadilhas contendo paletas entre 51 e 100 ovos foram 07 e para a segunda semana foram 10. O Sistema facilitou as interpretações dos resultados pela equipe e direcionou as ações nos bairros.
Palavras Chave
Arboviroses; dengue; Entomologia; Controle de vetores; Áreas de risco; Ovitrampas
Área
Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores
Prêmio Jovem Pesquisador
4.Não desejo concorrer
Autores
Erika Oliveira Galeno, Engels Harmet Carvalho Pinto, Kerolen Camilla Espirito Santo Souza, Suany Cristine Pereira Pastana, Ana Luiza Sangel Soeiro, Gabriel Neto Oliveira , Tatiane Alves Barbosa