Dados do Trabalho
Título
Plano de Ação de Leishmaniose Visceral do Estado de São Paulo: estratégia de intensificação das ações no contexto da saúde única, 2018 a 2022.
Introdução
A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença zoonótica negligenciada que necessita de atuação com foco na saúde única. A OPAS/OMS estabeleceu o “Plano de ação para a eliminação de doenças infecciosas negligenciadas e ações pós-eliminação 2016-2022” e o estado de São Paulo (ESP) foi considerado prioritários para ações de LV, justificando-se a elaboração do plano de intensificação das ações de vigilância e controle para redução de casos e letalidade.
Objetivo (s)
Descrever as atividades realizadas do Plano de Ação de LV no ESP (PALV-ESP) de 2018-2022, avaliar os indicadores epidemiológicos (IEpi), as atividades executadas e propor recomendações
Material e Métodos
Estudo descritivo do PALV realizado de 2018-2022 no ESP. Os IEpi avaliados foram CI/100.000hab. e letalidade, com meta de redução em 50% do T1 (triênio 2015-2017) para T2 (triênio 2020-2022). Para avaliação das atividades executadas foram estabelecidos indicadores operacionais (IOp) nos eixos de vigilância/assistência-LVH, vigilância canina, vigilância entomológica/ambiental e educação em saúde. Fonte de dados: Sinan-Net, Sistema FlebWeb e “Planilha_Indicadores_PALV”. Os dados foram compilados e analisados pelo Excel–Microsoft365®. Esse estudo não foi submetido ao CEP, pois as atividades realizadas são previstas no PVCLV. Os dados secundários consultados foram trabalhados mantendo sigilo e confidencialidade das informações individualizadas.
Resultados e Conclusão
De 1999 até 2017, 98 (15%) municípios apresentavam LVH autóctone no ESP. No triênio 2015-2017, 13 municípios foram classificados como prioritários para as ações do PVCLV. O CI de LV no ESP no T1 foi de 0,24 casos/100.00hab. e no T2 de 0,17 casos/100.000hab. Sete municípios (53,8%) alcançaram a meta proposta de redução de 50% do CI. Quanto a letalidade, no T1 foi de 8,7% e T2 de 11,4%, sendo que 10 (77%) municípios alcançaram a meta. Importantes ações foram realizadas, como a descentralização de TR-imunocromatográfico para diagnóstico de LVH, “Projeto ECOLEISH”, dentre outros. Concluimos que as ações de controle da LV devem ser trabalhadas nos diferentes eixos da saúde (ambiente, reservatório, casos humanos e educação em saúde), além da integração intersetorial. O PALV-ESP foi fundamental para o acompanhamento dos MP. Embora o ESP não tenha atingido a meta, o resultado representa importante redução dos casos. Recomendamos aos MP manterem continuidade das atividades do PVCLV e a SES-SP tornar o ECOLEISH estratégia permanente.
Palavras Chave
Leishmaniose Visceral; Vigilância em saúde; Saúde Única; Educação em Saúde.
Área
Eixo 14 | Zoonoses e Saúde Única
Prêmio Jovem Pesquisador
4.Não desejo concorrer
Autores
Silvia Silva de Oliveira Altieri, Osias Rangel, Roberto Mitsuyoshi Hiramoto, Helena Hilomi Taniguchi, Affonso Viviani Junior, Lucia de Fátima Henriques Ferreira, Claudio Casanova, José Eduardo de Raeffray Barbosa, José Eduardo Tolezano, Susy Maty Perpetuo Sampaio, Roberta Maria Fernandes Spinola