Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE NA INFÂNCIA, RIO DE JANEIRO, 2012-2022

Introdução

A tuberculose (TB) afeta cerca de 10 milhões de pessoas anualmente, causando aproximadamente 1,5 milhão de mortes. O Plano Nacional para Eliminação da TB 2021-2025 busca reduzir a incidência e mortalidade da doença. Contudo, há falta de dados detalhados sobre TB em crianças, especialmente em regiões de alta prevalência. Assim, é essencial preencher as lacunas no entendimento da TB em crianças, abordando sua ocorrência, diagnóstico e tratamento. 

Objetivo (s)

Caracterizar o perfil epidemiológico e a distribuição espacial dos casos novos de tuberculose diagnosticados na infância no município do Rio de Janeiro. 

Material e Métodos

Estudo descritivo dos novos casos de TB em crianças menores de 10 anos, residentes no Rio de Janeiro, entre 2012 e 2022. Dados foram obtidos do censo de 2010 do IBGE e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), cedidos de forma agregada por bairros pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Dados públicos dispensaram submissão ao comitê de ética. A análise realizada utilizando os softwares R e QGIS.

Resultados e Conclusão

Entre 2012 e 2022, foram registrados 1.562 novos casos de TB infantil no Rio de Janeiro, com um aumento de 60,5% na incidência em 2022 comparado a 2021. As maiores taxas de incidência foram nos bairros de Jacaré, Rocha, Bonsucesso, Cidade Universitária (AP 3.2 e 3.1), São Cristóvão (AP 1), Gávea e Rocinha (AP 2.1). Entretanto, o bairro de Jacaré teve a maior mediana de incidência (154), enquanto Cidade Universitária, Gávea e Gamboa tiveram medianas iguais a zero. A TB foi mais prevalente em meninos (55,7%) e na população negra (62,2%). A testagem para HIV aumentou até 2018 (81,1%) e depois caiu para 70,8% em 2021. A taxa de cura caiu para 53,3% em 2022, e a interrupção do tratamento atingiu 16,7% em 2021. Em 2022, houve um aumento significativo na incidência de casos, destacando a necessidade de ações específicas nos bairros de maior risco. As desigualdades na saúde persistem, mesmo entre crianças. A redução na cura indica a necessidade de melhorar o acompanhamento dos pacientes, enquanto a baixa testagem para HIV mostra a urgência de abordagens mais eficazes para detectar e tratar coinfecções.

Palavras Chave

diagnóstico; infância

Área

Eixo 13 | Tuberculose e outras Microbactérias humanas e veterinárias

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

JAQUELINE SANTOS OLIVEIRA, MARCIA SANDRE COELHO COUTINHO, LUDMILA PEREIRA MACEDO, ANA PAULA FERREIRA BARBOSA, CAROLINA MONTEIRO COSTA