Dados do Trabalho

Título

LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO APLICADA AO ESTUDO DA MALÁRIA NO ESTADO DE RONDÔNIA, BRASIL

Introdução

A malária, uma das mais prevalentes doenças parasitárias globais, causada pelo protozoário Plasmodium spp. é transmitida por mosquitos do gênero Anopheles e permanece afetando de maneira significativa as regiões tropicais e subtropicais. Esta doença apresenta diversas manifestações clínicas: como febre alta, calafrios e cefaleia, podendo evoluir para formas graves e complicadas, a exemplo da malária cerebral e insuficiência renal. No Brasil, 99% dos casos de malária são diagnosticados na região Amazônica, tornando-a endêmica, sendo Rondônia um dos estados mais afetados.

Objetivo (s)

Analisar o perfil e a distribuição dos casos de malária no estado de Rondônia no período de 2003 a 2022. 

Material e Métodos

Foram obtidas as bases de dados de casos de malária em Rondônia do SIVEP-Malária, do período de 2003 a 2022. Utilizou-se um script no software R para depurar, processar e analisar os casos pela Unidade Federativa (UF) provável de infecção (Rondônia). 

Resultados e Conclusão

No período de estudo foram obtidos 974.800 casos de malária em Rondônia, sendo que o perfil socioepidemiológico foi: homens com 652.697 casos (66,96%), Adulto 367.929 (37,74 %), Ensino Fundamental Incompleto 585.569 (60,07%), 763.955 casos (78,37%) de P. vivax e 162.948 casos (16,72%) de P. falciparum, parasitemia predominante foi de duas cruzes 336.192 casos (34,49%). O Índice Parasitário Anual (IPA) médio do período de estudo foi 31,47 (Risco Médio), apresentando uma queda de Risco Alto (2003-2007) para médio (2008-2013) e para Baixo (2014-2022). Os municípios com maiores números de casos foram Porto Velho (45,15%), Candeias do Jamari (9,20%) e Machadinho D’Oeste (7,74%%). Os dados analisados revelam uma alta incidência de malária no estado de Rondônia entre 2003 e 2022. A maioria dos casos ocorreu em homens, adultos, com ensino fundamental incompleto. Predominaram as infecções pelo Plasmodium vivax com grau de parasitemia 501-10mil parasitos/mm³, evidenciando uma densidade moderada de parasitos que pode influenciar na resposta terapêutica. Observou-se uma redução significativa no IPA de Risco Alto até Risco Baixo ao longo dos anos, indicando um melhor controle e prevenção da malária na região. No entanto, municípios como Porto Velho, Candeias do Jamari e Machadinho D’Oeste continuam a apresentar um alto número de casos, destacando a necessidade de esforços contínuos e direcionados para o controle e prevenção da doença. Agradecimento ao Programa de Fortalecimento da Epidemiologia nos Serviços de Saúde (PROFEPI) e CAPES #88887.875440/2023-00.

Palavras Chave

malária; Plasmodium; Vigilância Epidemiológica; amazonia legal.