Dados do Trabalho
Título
Panorama do perfil Socioepidemiológico da AIDS no Brasil de 2013 a 2023
Introdução
A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é ocasionada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), um lentivírus com tropismo por linfócitos T, macrófagos e células dendríticas. A infecção ocasiona a deterioração progressiva do sistema imunológico, possuindo três estágios, infecção aguda pelo HIV, latência clínica e AIDS.
Objetivo (s)
Identificar o perfil socioepidemiológico dos pacientes diagnosticados com AIDS no Brasil, entre 2013 e 2023.
Material e Métodos
Os dados obtidos são provenientes do Sistema de Informações e Agravos de Notificação (SINAN), dispostos pelo Departamento de HIV/AIDS, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DATHI). Após o levantamento, realizou-se uma análise descritiva e qualitativa, com frequência absoluta e relativa.
Resultados e Conclusão
Durante os 10 anos analisados, foram notificados 401.808 casos e 116.659 óbitos por AIDS no Brasil. O maior número de casos foi registrado em 2013, com 10,86%, enquanto o menor número, até junho, foi observado em 2023, com 4,05%. A faixa etária mais acometida ao longo de todo o período foi de 20-34 anos, acumulando 162.569 (40,45%) casos diagnosticados, seguida de 35-49 (37,07%) e 50-64 anos (16,02%). O sexo masculino foi o mais acometido, representando 68,88% dos casos. Em relação a raça/cor, as três mais prevalentes foram a parda (45%), branca (38%) e preta (11%). Sobre a escolaridade, o ensino médio completo liderou com 59.453 pacientes, seguido do da 5ª a 8ª série incompleta (33.328) e superior completo (20.730). Entre as categorias de exposição relacionadas ao sexo masculino, a relação sexual concentrou o maior percentual de casos (%), sendo dividido em três tipos, com respectivas distribuições, heterossexual 38%, homossexual 32% e bissexual 7%. Os dados revelam uma tendência preocupante de notificações e óbitos. Embora os casos tenham diminuído, é essencial aumentar a ênfase nas medidas preventivas e de conscientização, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como os jovens adultos com baixa escolaridade. Isso pode ser atribuído à falta de informação, especialmente em anos anteriores, quando a educação sexual e sobre doenças ainda não estava firmemente integrada no currículo escolar. Além de reforçar a utilização de relações protegidas, já que a maior forma de infecção continua sendo sexual. A análise socioepidemiológica ressalta a necessidade de abordagens específicas para cada segmento da população, visando a redução da transmissão e o acesso equitativo aos serviços de saúde.
Palavras Chave
Epidemiologia; AIDS; Vigilância da Saúde; Brasil.
Área
Eixo 17 | 4.Vigilância em saúde - Outras
Prêmio Jovem Pesquisador
4.Não desejo concorrer
Autores
Patricia Yuri Nogami, Mayara Natália Santana Da Silva, Beatriz Monteiro Rodrigues Coelho, Amanda Elisa Costa Souza, Macyclelma Alves Albuquerque , Carolinne De Jesus Santos E Santos, Fabrício Quaresma Silva, Iran Barros Costa, Dannilo Roberto Ferreira Da Silva, Igor Brasil-Costa