Dados do Trabalho


Título

Cartografia de uma década (2011 a 2021) da sífilis congênita no estado do Pará

Introdução

<p>No Brasil, a sífilis congênita permanece um desafio significativo, especialmente no Pará, com taxas de incidência superiores à média nacional. Este artigo analisa casos em crianças no estado. Transmitida da mãe para o feto pela bactéria Treponema pallidum, a doença é um problema de saúde pública devido à alta morbidade e mortalidade, podendo causar malformações, partos prematuros e óbito fetal.</p>

Objetivo (s)

<p>Este estudo visa analisar as notificações de sífilis congênita no Pará entre 2011 e 2021, focando nas implicações espaço-temporais. Objetiva-se avaliar a incidência nos últimos 10 anos, com ênfase na distribuição demográfica e socioeconômica, para identificar ocorrências atípicas, como o aumento significativo de casos.</p>

Material e Métodos

<p>Este estudo transversal e quantitativo utilizou dados do SINAN analisados com Tabwin. A associação entre variáveis preditoras e soropositividade no teste confirmatório para sífilis foi avaliada com testes de Qui-quadrado ou exato de Fisher e odds ratio (OR) com intervalos de confiança (IC) de 95%. No modelo logístico multivariado, variáveis preditoras foram selecionadas por "backward stepwise" com 1000 amostras de bootstrap, retendo as significativas (p &lt; 0,05). Variáveis frequentes (&gt;80%) e significativas em &gt;50% das amostras foram incluídas no modelo final. As análises foram feitas no R (Rizopoulos, 2022). A cartografia utilizou mapas e malhas do IBGE, espacializando os casos da década por ano.</p>

Resultados e Conclusão

<p>Durante o período avaliado, 7.172 casos de sífilis congênita (SC) foram analisados no Pará, com uma taxa de incidência de 5% em 10 anos, superando a média nacional em alguns anos. A maioria dos recém-nascidos (RN) era de cor parda (83%) e 49,3% do sexo masculino. Dos 229 indivíduos, 191 apresentaram testes reagentes. A faixa etária de 19 a 21 anos e o momento da curetagem&nbsp;foram significativos.</p>

<p>A análise da sífilis congênita em municípios paraenses mostrou maiores índices na região central, incluindo Belém, com sinais de preocupação no sul e menos casos no norte e nordeste. A falta de dados do SINAN pode influenciar essa distribuição. Ao longo da década, houve um aumento nos casos em várias regiões. As dificuldades de acesso na Amazônia devem ser consideradas.</p>

<p>Compreender a distribuição espaço-temporal pode melhorar políticas públicas. O aumento da incidência de sífilis congênita sugere falhas na prevenção, diagnóstico e tratamento em gestantes no Pará.</p>

Palavras Chave

Sífilis Congênita; Epidemiologia; Saúde Pública; geografia da saúde.

Área

Eixo 11 | 6.Outras infecções por bactérias, humanas e veterinárias - Outras

Prêmio Jovem Pesquisador

1.Concorrer na categoria - Graduado

Autores

LORRANY MORAIS DE ALMEIDA, Elivelton da Silva Fonseca, MATHEUS Vasconcelos da Paixão, Kinley Wangdi, Rogerio Giuffrida