Dados do Trabalho
Título
Taxa de internação por dengue clássica no estado de Pernambuco, entre os anos de 2019 e 2023.
Introdução
No Brasil, especialmente no Nordeste, a propagação das infecções pelo vírus da dengue (DENV) representa um sério problema de saúde pública. A doença evoluiu de esporádica a um problema de saúde pública global, com substancial efeito social e econômico devido ao aumento da extensão geográfica, o crescente número de casos e à gravidade da doença. A classificação da doença ocorre de acordo com as possibilidades clínicas e são: assintomática, oligossintomática, febre dengue (dengue clássica), febre hemorrágica da dengue e síndrome do choque. Assim, o diagnóstico precoce e o manejo adequado previnem fatalidades.
Objetivo (s)
Dessa forma, o objetivo deste trabalho é avaliar a incidência de internações por dengue, e sua distribuição por faixa etária e sexo no período de 2019 a 2023 no estado de Pernambuco.
Material e Métodos
Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada no DATASUS/TABNET, por meio do SIH (Sistema de Informações Hospitalares) utilizando a categoria CID-10 Dengue [dengue clássico] - e categorizado em seis classes de acordo à faixa etária (<1-9; 10-19; 20-39; 40-59; 60-79; acima de 80). Houve a dispensa de aprovação do CEP por serem dados de domínio público.
Resultados e Conclusão
No período avaliado, a região nordeste apresentou 41.499 internações (78,1/100 mil habitantes). Destas, Pernambuco resguardou 4028 internações (44,5 / 100 mil habitantes) por dengue clássica, das quais 2077 (51,5%) foram do sexo masculino, sendo a faixa etária com maior prevalência <1 a 9 com 1769 (43,9%). Em relação aos dados demográficos, nesse período foram identificadas 1951 internações (48,4%) sendo do sexo feminino, 1021 (25,3%) na faixa etária de 10 a 19 anos; 534 (13,2%) na faixa etária de 20 a 39 anos; 370 (9,18%) na faixa etária de 40 a 59 anos; 270 (6,7%) na faixa etária de 60 a 79 anos; por fim, a faixa etária acima de 80 anos registrou 64 internações (1,58%). Quanto à distribuição geográfica dentro do estado, Recife apresenta maior prevalência com 1465 (36,3%), seguido por Caruaru com 488 (12,1%) e Paulista com 192 (4,7%). Os resultados indicam uma maior susceptibilidade em homens, crianças e jovens, com uma tendência à redução em idosos. Nesse sentido, é necessário que gestores de áreas endêmicas conheçam as características de sua população e atualizem periodicamente as informações epidemiológicas, para que as políticas públicas de saúde possam ser direcionadas a cada realidade social, alertando a necessidade da prevenção e atendimento precoce.
Palavras Chave
dengue; Epidemiologia; Hospitalização
Área
Eixo 08 | Arboviroses humanas e veterinárias
Prêmio Jovem Pesquisador
4.Não desejo concorrer
Autores
Abelle Santana Santos, Bianca Sena Magalhães, Luísa Vitória Paiva Cabral, Mariana Souza Amorim, Paulo Henrique Marques, Jessica Vanina Ortiz