Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DA BIOATIVIDADE DE ÓLEO ESSENCIAL DE Eugenia pyriformis SOBRE Lutzomyia longipalpis E Leishmania infantum

Introdução

Lutzomyia longipalpis é o principal vetor de Leishmania infantum nas Américas, causador da Leishmaniose Visceral, uma doença zoonótica letal quando não tratada precocemente. Os principais pilares de controle da doença são ações de educação em saúde, diagnóstico, tratamento precoce, controle do reservatório canino e do vetor, gerando desafios para as autoridades sendo novas alternativas, como produtos botânicos, importantes para a redução de casos da doença

Objetivo (s)

Este estudo avaliou a bioatividade do óleo essencial (OE) de folhas de Eugenia pyriformis sobre Lu. longipalpis e seu efeito in vitro em formas cultivadas de Le. infantum.

Material e Métodos

As folhas de E. pyriformis foram submetidas à destilação a vapor para obtenção do OE e a caracterização dos compostos foi feita por meio de Cromatografia Gasosa (CG). A atividade do OE sobre diferentes aspectos da fisiologia de Lu. longipalpis (Jacobina/BA) foi determinada utilizando iscas açucaradas (concentração de 2,5 a 7,5 mg/mL)  sendo os seguintes parâmetros avaliados: preferência e quantificação da ingestão das iscas açucaradas. Para o controle foi utilizado apenas água com açúcar. Para os estudos  com o protozoário foi usado culturas de células de Le. infantum (Cepa:MCAN/BR/2002/BH401) amastigotas intracelulares de macrófagos caninos (DH82) foram submetidas a diferentes concentrações (0,025 a 250µM) do OE. As formas promastigotas de Le. infantum também foram submetidas às mesmas concentrações. Para ambos os testes o controle foi feito com Miltefosina nas mesmas concentrações do OE. Para avaliar a viabilidade celular foi realizado o teste de MTT, após foi realizada a leitura em  ELISA com comprimento de onda de 570 nm.

Resultados e Conclusão

A CG permitiu identificar β-Cariofileno (28,21%) como compostos majoritários do OE. Ambos os sexos de Lu. longipalpis preferiram e ingeriram mais a isca controle, indicando diferenças estatisticamente, porém houve a ingestão também das iscas contendo o OE.  A CL50 foi de 57,08μm ±0,1 e 58,33μm ±0,13 do OE para inibir a proliferação de promastigotas e amastigotas de Le. infantum, respectivamente. O coeficiente de determinação foi de 0,89 e 0,82 respectivamente. Resultados semelhantes foram obtidos utilizando o controle de Miltefosina. A pesquisa mostrou que a ingestão de iscas com OE ocorreu, tendo possíveis aplicabilidades visto que demonstrou um efeito leishmanicida contra formas encontradas no vetor. Os efeitos do OE no controle de vetores e de Leishmania são promissores e destacam-se por uma abordagem sustentável.

Palavras Chave

Flebotomíneos; Iscas açucaradas; Controle; Toxicidade

Área

Eixo 06 | 2.Protozooses humanas e veterinárias - Leishmaniose

Prêmio Jovem Pesquisador

3.Concorrer na categoria - Doutorado

Autores

Ingrid Marciano Alvarenga, Pedro Henryque Castro, Jamile Paiva Mecedo, Raquel Martins Almeida, Ricardo Toshio Fujiwara, Joao Pedro Miranda Rocha, Suzan Kelly Vilela Bertolucci, Maíra Martins Haddad Almeida, Ana Claudia Fernandes Amaral, Samara Graciane da Costa Latgé, Joziana Muniz de Paiva Barçante