Dados do Trabalho


Título

INCIDÊNCIA DE SÍFILIS CONGÊNITA EM UMA CAPITAL DO NORTE DO BRASIL

Introdução

A Sífilis Congênita é um desafio para a saúde pública no Brasil, afetando recém-nascidos com consequências graves como prematuridade e baixo peso ao nascer. Estimativas apontam que, sem tratamento adequado, gestações com sífilis precoce não tratada têm alta incidência de aborto espontâneo e morte fetal. Em Rondônia, a incidência de Sífilis Congênita varia de 0,7 a 3,7 a cada 1.000 nascidos vivos, com um aumento significativo em Porto Velho, que passou de 0,92 para 4,21 a cada 1.000 nascidos vivos entre 2009 e 2014. A realização de um pré-natal adequado e com qualidade é fundamental para a prevenção da SC, porém existem fragilidades na assistência pré-natal que contribuem para o aumento de casos, como anamneses inadequadas e falhas na interpretação dos exames de sorologia.

Objetivo (s)

Analisar a incidência da sífilis congênita ao longo de cinco anos (2018 a 2022), na cidade de Porto Velho, capital do estado de Rondônia.

Material e Métodos

Este estudo epidemiológico descritivo do tipo levantamento de dados secundários analisou casos de Sífilis Congênita em recém-nascidos de mães residentes em Porto Velho, Rondônia, de 2018 a 2022. Foram incluídos 472 casos de SC notificados no SINAN. As variáveis estudadas incluíram aspectos maternos e fetais, como idade, raça/cor, realização do pré-natal, tratamento, diagnóstico final e evolução do caso. A taxa de incidência foi calculada em relação ao número de nascidos vivos. O estudo faz parte do Projeto Matriz do CEPESCO da UNIR, aprovado pelo CEP sob o número 2.548.115.

Resultados e Conclusão

Conclui-se que a Sífilis Congênita, apesar de ser evitável, ainda apresenta consequências graves e irreparáveis. O estudo destacou lacunas nas práticas de testagem durante o pré-natal, na busca por parceiros infectados, no tratamento inadequado e até mesmo na falta de tratamento para sífilis materna. Apesar da eficácia do pré-natal em Porto Velho, a inadequação no tratamento pode levar a desfechos negativos, como aborto, natimorto ou óbito do bebê. Há necessidade de educação permanente para profissionais de saúde, enfatizando o papel da Atenção Primária à Saúde na educação sobre a Sífilis durante o pré-natal, adesão ao tratamento e conhecimento dos riscos para o recém-nascido.

Palavras Chave

Cooperação e Adesão ao Tratamento; Atenção primária à saúde; Cuidado Pré-NatalCooperação e Adesão ao Tratamento; Cuidado Pré-Natal

Área

Eixo 17 | 4.Vigilância em saúde - Outras

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

Alinne Oliveira da Silva Martins, Yane Lais Nogueira Cruz, Carla Adriane Lara da Silva, Katia Fernanda Alves Moreira, Márcia Maria Bezerra Mororó Alves