Dados do Trabalho
Título
Análise Epidemiológica da Sífilis Congênita no Tocantins de 2018 a 2023
Introdução
Introdução: A sífilis congênita (SC), causada pela bactéria Treponema pallidum, é um importante problema de saúde pública mundial, com uma alta taxa de mortalidade em casos não tratados. A transmissão vertical durante a gravidez leva a um amplo espectro de manifestações clínicas, de infecção assintomática a condições de risco de vida, como natimorto e morte neonatal. A prevalência da SC é notavelmente alta, com resultados adversos em inúmeros partos de gestações afetadas. Os desafios no controle da SC incluem exames tardios, acesso limitado aos resultados e conhecimento insuficiente da população e dos profissionais de saúde.
Objetivo (s)
Objetivos: Analisar a epidemiologia da SC no Tocantins (TO) no período de 2018 a 2023, avaliando o número de casos e óbitos comparando os perfis pré e pós pandêmicos.
Material e Métodos
Material e método: Estudo ecológico, transversal e retrospectivo, com dados coletados do Sistema de Informação de Agravo de Notificação, disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), durante o período de 2018 a 2023 no TO. As seguintes variáveis foram utilizadas durante a coleta: Escolaridade, Faixa Etária Materna, Raça, Pré-natal, Diagnóstico, Gênero, Classificação e Regiões de Saúde.
Resultados e Conclusão
Resultados: Foram identificados 1489 casos de SC no TO, entre 2018 e 2023. Desses, 37,23% das mulheres estão na faixa etária de 20-24 anos, seguido por 15-19 anos, com 26,12%. Para a variável Raça, a maior incidência foi em mulheres pardas com 80%. Quanto à escolaridade, 16,58% possuíam Ensino Médio incompleto e 22,09% tinham Ensino Fundamental incompleto. Dessas mulheres, 92,14 % realizaram pré-natal e 61,78 % descobriram a infecção nesse período. Em relação ao gênero dos bebês, foram diagnosticados mais em meninos, com 777 casos notificados. Verificou-se que 98,38% dos pacientes obtiveram diagnóstico de SC precoce. Avaliando as Regiões de Saúde no TO, 33,51% dos casos foram notificados na Região Médio Norte Araguaia, seguidos pela Região Capim Dourado com 31,56%. Conclusão: A prevalência de SC observada em mães com faixa etária menor que 24 anos e baixa escolaridade, reflete uma educação sexual precária e início precoce da vida sexual. O que pode contribuir para gestações na adolescência, infecções sexualmente transmissíveis e baixo acompanhamento pré-natal. Conclui-se que a SC ainda apresenta alta incidência mesmo sendo uma doença prevenível, sendo necessário investimentos em assistência pré-natal e melhoria na educação sexual nas escolas.
Palavras Chave
Infecção sexualmente transmissível; pré-natal; Exposição Transplacentária.
Área
Eixo 11 | 6.Outras infecções por bactérias, humanas e veterinárias - Outras
Prêmio Jovem Pesquisador
1.Concorrer na categoria - Graduado
Autores
Virgínia Oliveira Santos, Aldiro Pinheiro da Mota Júnior, Hidelberto Matos Silva, Bruna Caroline Cardoso Pinheiro, Irene Caroline Noleto Nestor, Analuisa de Barros Angelopes Pereira, Blenda Amelia Pereira Machado, Bruna Helena da Silva Miranda, Gustavo Costa de Carvalho, Isabela Pereira, Maria Eduarda Watanabe de Souza Dim